sexta-feira, 31 de agosto de 2018

BARROSO: 'VIVO AS ANGÚSTIAS DO BRASIL'

Lava Jato cobra R$ 31 milhões de Lula no caso triplex


  
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A juíza Carolina Moura Lebbos, da 12ª Vara Federal - Execução Penal - cobrou na quinta-feira, 30, R$ 31 milhões do ex-presidente Lula. O valor é parte da pena da pena imposta no caso triplex, que levou o petista para a prisão em abril.
Lula foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.
Os R$ 31 milhões são o montante atualizado "dos valores devidos a título de custas (R$ 99,32), multa (valor total de R$ 1.299.613,46) e reparação do dano (R$ 29.896.000,00)". A juíza mandou abrir uma conta de depósito judicial para o recolhimento dos valores devidos.
"Intime-se o executado para que efetue o pagamento da multa, da reparação dos danos e das custas processuais ou formule, justificadamente, proposta de parcelamento no prazo de 15 (quinze) dias", ordenou. "Rememoro que referidos valores serão depositados em conta judicial vinculada a este Juízo e após o trânsito em julgado serão devidamente destinados."
A juíza alertou: "Inclua-se a advertência de que: (i) o inadimplemento resultará, após o trânsito em julgado, na expedição de certidão à Procuradoria da Fazenda Nacional para inscrição dos débitos referentes às custas processuais e multa em dívida ativa da União, nos termos do artigo 51 do Código Penal (com redação dada pelo artigo 16 da Lei nº 9.289/96), bem como no encaminhamento do valor devido a título de reparação do dano para execução cível; (ii) a progressão de regime, nos termos do artigo 33, §4º, do CP, está condicionada à reparação dos danos causados; (iii) nos termos do entendimento atual do Supremo Tribunal Federal (EP 12-AgR), o inadimplemento injustificado da pena de multa igualmente impede a progressão de regime prisional".
A reportagem tenta contato com a defesa de Lula.

Ministro do TSE rejeita veto à divulgação de pesquisas com nome de Lula


 Rafael Moraes Moura
  
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O ministro Tarcísio Vieira, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), rejeitou um pedido apresentado pelo Instituto Democracia e Liberdade (IDL) para barrar a divulgação de pesquisas eleitorais com o nome do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso e condenado no âmbito da Operação Lava Jato no caso do tríplex do Guarujá (SP).
O objetivo do IDL era fazer com que o TSE editasse uma norma para proibir a divulgação direta ou indireta de pesquisas de opinião que incluam o nome de Lula e de candidatos que se encontrem em situação idêntica ou análoga.
Em sua decisão, Tarcísio Vieira destacou que uma resolução do TSE prevê que, na realização das pesquisas, deverão constar "os nomes de todos os candidatos cujo registro tenha sido requerido".
"Verifico que os representantes buscam, em verdade, a alteração da mencionada norma, o que não se mostra possível a esta altura do processo eleitoral", observou o ministro, em decisão assinada na última terça-feira, 28.
"Conforme já decidiu este tribunal, a alteração dos critérios exigidos pela resolução em fase avançada do processo eleitoral causaria insegurança jurídica às entidades e aos institutos de pesquisa", concluiu Tarcísio Vieira.

Após repercussão do jogo Momo, escolas de Salvador emitem alerta a pais de estudantes


Polícia de Pernambuco investiga se morte de criança de 9 anos estaria relacionada ao desafio
A figura estranha poderia passar facilmente por mais um meme. Poderia ter saído de um filme de Tim Burton, no melhor estilo A Noiva Cadáver. Ou talvez fosse só mais uma lenda da internet. O problema começou quando a lenda – que tem nome, Momo, e até número telefônico, que varia de acordo com o país – passou a amedrontar crianças reais e é atribuída como a suposta causa da morte de um menino de 9 anos em Recife (PE).
Na quarta-feira (29), sites da Colômbia noticiaram o suicídio de uma menina de 12 anos e de um menino de 16, citando o jogo Momo, mas ainda sem comprovação. Os casos aconteceram no município colombiano de Barbosa.
Para fazer frente à tal Momo, a corrente de uma boneca de aparência assustadora que divulga desafios virais pelo WhatsApp, escolas particulares de Salvador se adiantaram: até esta semana, pelo menos cinco instituições identificadas pelo CORREIO emitiram um alerta a pais e responsáveis. Nas mensagens, as escolas fazem um apelo para que as famílias “fiquem atentas” ao comportamento dos filhos. 
Alguns já estavam vigilantes antes mesmo de receber os comunicados. Foi o caso da pedagoga Lília Fortuna, 45 anos, mãe da pequena Janine, 6. Na semana passada, o Colégio Montessoriano, onde a menina cursa o 1º ano do Ensino Fundamental, enviou uma mensagem aos pais sobre o assunto. Mas, uma semana antes, a tal brincadeira já estava no radar dela e de outras mães. 
“Eles dizem que essa figura chama atenção das crianças para que peguem os dados do telefone e acessem o Whatsapp para ligar para eles. Só que tem algum dispositivo que rouba os dados e estimula as crianças a fazer várias coisas. Lembra aquele da Baleia Azul”, diz Lília, citando o jogo russo que viralizou no ano passado e que supostamente incitava adolescentes a cometer suicídio.  
A pedagoga Lília Fortuna, 45 anos, mãe da pequena Janine, 6: conversa com a filha (Foto: Almiro Lopes/CORREIO)
Para se prevenir, Lília decidiu conversar com a filha. Janine tem o próprio smartphone, um aparelho sem chip de operadora. Ela também não tem Whatsapp, mas, do alto dos 6 anos, opera com destreza plataformas como a Netflix, o YouTube e a própria Smart TV. 
“Ela sabe mexer em tudo e, mesmo sem ter acesso ao Whatsapp diretamente, a gente tem que ficar atenta a tudo. Mesmo sem Whatsapp, ela pode ver através do YouTube, porque o primeiro acesso é pelo YouTube. Mas conversei com ela, porque é sempre melhor alertar, porque a criança é curiosa e os meninos descobrem muita coisa”. 
De fato, alguns alunos andavam comentando, na escola, sobre a tal Momo. Os que mais conheciam eram os adolescentes com idades entre 13 e 14 anos, mas até alunos com 7 anos afirmaram já ter ouvido falar do jogo. A maioria, porém, não sabia quem era, de acordo com a orientadora pedagógica do Colégio Montessoriano, Elisângela Santos. Assim, a escola decidiu se antecipar e notificar os pais. 
“A gente sempre busca alertar as famílias, tendo em vista que crianças e adolescentes estão muito conectados. Tivemos uma reunião com professores e queremos fazer uma parceria entre a família e a escola. Normalmente, eles demonstram curiosidade, só que é nessa curiosidade que mora o perigo, daí a preocupação maior”. 
Ilustração: Morgana Mirando/ CORREIO gráficos
Colégios em alerta
O alerta do Colégio Montessoriano foi um dos primeiros, mas outros colégios já fizeram o mesmo. Na terça-feira (28), foi o Instituto DOM de Educar (Rede FTC). Na quinta (30), pais do Colégio Salesiano receberam a mensagem. Nesta sexta-feira (31), o Colégio Vitória-Régia deve enviar um comunicado às famílias. 
Entre os profissionais do Instituto DOM de Educar, o caso da Momo ficou conhecido há cerca de 15 dias, através das redes sociais. Os professores passaram a monitorar e tentar entender do que se tratava, de acordo com o psicólogo do instituto, Janilton Andrade.
“No início, as informações eram bem vagas e vimos que isso estava começando em São Paulo (SP). A gente começou a discutir, observando como isso estava aqui, qual era esse movimento. Mas também não queríamos alardear, porque a curiosidade leva as pessoas a ir atrás”, pondera o psicólogo. 
Ele explica que o objetivo do próprio comunicado não foi fazer alarde – era justamente o contrário. Por isso mesmo, a mensagem foi enviada por email, diretamente aos pais, e não foi postada no site do colégio, ao qual os estudantes têm acesso. 
“Mas o controle a essas mídias é da família, não é da escola, até porque o acesso ao celular não é permitido na escola. Nós emitimos um alerta de uma forma a esclarecer, não a criar pânico e separando o que é sensacionalismo, o que é exagero, para que não houvesse essa espetacularização da coisa”, explica ele, que afirma que não houve casos de comentários de estudantes sobre o assunto na escola. 
Para Janilton, a corrente da Momo também é um tipo de cyberbullying. E, mais do que isso, é uma forma de se aproveitar de crianças e adolescentes que talvez não recebam atenção e casa. “Se você prestar atenção, essas pessoas dessas correntes são amigáveis e a criança fica vulnerável. Essas pessoas são muito sábias, infelizmente para o mal”. 
No Colégio Vitória-Régia, segundo a psicopedagoga da instituição, Érika Dourado, o comunicado aos pais deve ser encaminhado até esta sexta-feira. A ideia é fazer uma ação preventiva, como é de costume na escola. 
“É importante que o que os pais saibam não chegue apenas via Whatsapp e outras redes sociais. A gente está antenada a essa parceria escola-família, para se unir para combater, porque os meninos acabam tendo essa curiosidade em saber (o que é)”, afirma. 
O comunicado será endereçado às famílias dos estudantes do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, que são, majoritariamente, aqueles que têm mais acesso a redes sociais. No entanto, até o momento, não houve procura espontânea – ou seja, os próprios alunos buscando a escola para se informar sobre o assunto. 
“É complicado porque, a cada etapa, existem novas coisas surgindo. A rede social, hoje em dia, está muito rápida nessas invenções e os jovens, de certa forma, acabam querendo experimentar. Faz parte do adolescente, mas o nosso trabalho é preventivo e não pode ser isolado. Os pais têm que ficar atentos ao comportamento em casa, ao contato com esses aplicativos, prestar atenção a isolamentos, porque essas coisas acontecem muito rápido”. 
No email encaminhado aos pais, o Colégio Salesiano reforça um pedido para que os pais estejam "cada vez mais próximos de seus filhos e atentos a essa armadilha virtual, que ameaça as crianças e adolescentes, usando de sua inocência, aterrorizando as famílias e retirando a paz da sociedade". No mesmo texto, assinado pela Rede Salesiana Brasil de Escolas, a instituição convoca os pais a "combater esse mal" e a disseminar jogos de convivência saudável. A assessoria da escola, entretanto, negou que estudantes estivessem comentando sobre o jogo na unidade. 
Estelionato
Não se sabe, ao certo, como a Momo surgiu, nem qual é o seu alcance. A imagem da boneca foi copiada de uma conta no Instagram – é a foto de uma escultura de uma ‘mulher-pássaro’ exibida em uma exposição no museu Vanilla Gallery, no Japão, em 2016. A chamada ‘Guai Bird’ é uma obra da artista Keisuke Aisawa e retrata o fantasma de uma mulher que morreu na gravidez. 
Para o delegado João Cavadas, coordenador do Grupo Especial de Repressão aos Crimes por Meios Eletrônicos (GME) da Polícia Civil, Momo trata-se de um golpe com o objetivo de extorquir dinheiro, diferentemente do Baleia Azul. Até o momento, nenhum caso foi registrado nem em Salvador, nem na Bahia. A ONG Safernet Brasil declarou, em um comunicado oficial, que, inicialmente, não é possível associar diretamente Momo ao caso do Baleia Azul. 
“É um contato através de uma mensagem ou de uma ligação com o objetivo de captar seus dados, colher o máximo de informações. A roupagem nova que deram para o golpe foi o sobrenatural, ele está travestido nisso”, afirma o delegado. 
Justamente porque não há nenhum tipo malware envolvido, o golpe acaba se dando de forma tradicional, já que a vítima precisa verbalizar as informações. É, portanto, um estelionato, de acordo com Cavadas. 
“Todos esses golpes só migraram para a tecnologia, porque você atinge um maior número de pessoas, de forma mais rápida, mas tudo isso já existia”, diz ele, citando golpes recentes. Alguns dos “novos” tipos de estelionato online incluem o pagamento de uma quantia de R$ 300 para entrar na fila de transplante de rins de um hospital na África e o pagamento de R$ 200 para conseguir um cartão de crédito com limite de R$ 200. 
A suspeita de que a Momo estivesse relacionada a desafios de asfixia surgiu após a morte de um menino de 9 anos em Recife, no último dia 16. Ele se enforcou no quintal de casa. 
À polícia pernambucana, a mãe da criança disse que o menino tinha um celular e usava a internet e teria mostrado para ela a boneca Momo.  
O delegado João Cavadas informou que entrou em contato com a polícia de Pernambuco, mas as investigações ainda não foram concluídas. "Isso (que teria a ver com a Momo) foi noticiado, mas a gente não sabe o quanto é verdade ou não. Estamos aguardando a investigação deles para ver se tem fundo de verdade". 
Também viral, Baleia Azul desafiava participantes a cometer suicídio
No ano passado, o jogo Baleia Azul foi que assustou pais e educadores. O jogo, supostamente criado na Rússia, seria composto por 50 desafios propostos a adolescentes participantes. Entre as provas, estavam etapas como assistir filmes de terror, automutilação e desenhar uma baleia com uma lâmina no braço. 
O jogo era praticado em comunidades fechadas de redes sociais como Facebook e Whatsapp. No ano passado, a polícia fez uma operação em 20 municípios de nove estados para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra suspeitos de envolvimento com o Baleia Azul. 
A operação foi coordenada pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática da Polícia Civil do Rio de Janeiro e teria sido iniciada a partir da denúncia de pais de adolescentes que seriam vítimas dos aliciadores. Em julho, um homem de 23 anos chegou a ser preso – ele era suspeito de ser um dos "curadores" (coordenadores) desse crime nas redes sociais.
Induzir, instigar ou auxiliar suicídio é crime, punido no Brasil com reclusão (prisão) de dois a seis anos se a morte se consumar. Se a tentativa resultar em lesão corporal grave, a pena pode variar de um a três anos

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Destaque em Saúde: Mulher que tentava engravidar há 4 anos descobre que é virgem

Mulher que tentava engravidar há 4 anos descobre que ainda é virgem
Após quatro anos de tentativas, um casal de chineses descobriu que a mulher não conseguia engravidar por ainda ser virgem. O casal procurou um obstetra na cidade de Bijjie, na China, que revelou, após exame físico, que os mesmos só faziam sexo anal.


De acordo com a Revista Crescer, a esposa relatou ao médico que achava a experiência dolorosa, mas "silenciosamente disse a si mesma que tinha que suportar isso para poder um dia abraçar seu filho". O obstetra entregou ao casal um manual de educação sexual para que soubessem que, para ter filhos, é preciso recorrer a outro tipo de sexo.

Alguns meses depois, o casal presenteou o obstetra com 100 ovos e uma galinha viva como agradecimento por finalmente ter conseguido engravidar. O médico disse ainda que, embora seja raro, muitas pessoas não sabem como fazer sexo para ter filhos.



Mulheres são 80% das pessoas em tratamento contra tabagismo no CAPSad


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Mulheres são 80% das pessoas em tratamento contra tabagismo no CAPSad
Foto: Secom
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Em 15 anos, cerca de oito mil pessoas são registradas no Centro Assistência Psicossocial Álcool e Drogas Dr. Gutemberg Almeida. Destas, 70% são exclusivamente tabagistas – ou com outros vícios associados. E as mulheres são mais de cinco mil neste universo - fazem o tratamento ou fizeram.
Atualmente cerca de 300 pessoas estão sendo acompanhadas por especialistas do CAPSad. E 240 são do sexo feminino, que correspondem a 80%. Mulheres na faixa etária dos 40 anos são as mais vulneráveis a este vício. “São muitos os motivos apresentados por elas”, diz a psicóloga Carolina Carvalho, que coordena o órgão.
Há 32 anos, o 29 de agosto é o Dia Nacional de Combate ao Fumo, criado com o objetivo de conscientizar e mobilizar a população sobre os riscos à saúde decorrentes ao consumo do cigarro. O tabagismo é a principal causa de morte evitável de todo o planeta.
Os homens de meia idade, diz a coordenadora, são mais propensos ao alcoolismo e os jovens buscam as drogas ilícitas. O tratamento é oferecido às pessoas a partir de 15 anos e uma das condicionantes é que resida em Feira de Santana. Antes de iniciar o tratamento, as pessoas são submetidas a um teste que indica o grau de dependência, informação que pode ser usada no seu direcionamento.
Ela enfatiza que nos últimos anos o número de pessoas que buscam o tratamento contra o tabagismo vem aumentando em Feira. Crê na mudança de comportamento e que chega a 80% os casos de sucesso. Mas que muitas têm recaídas.
E no grupo em tratamento existem pessoas de todas as idades. Como dona Maria Alice, que fuma há meio século e deseja parar, como escreveu em um mural no órgão. Outra paciente está há quase 15 anos lutando contra o tabagismo. Ainda não conseguiu, mas continua na busca da cura.
E o fumo não é um vício fácil de abandonar. Para enfrenta-lo em condições de vitória, segundo a especialista, a vontade pessoal é fator primordial e, se for o caso, o uso de medicamentos. O CAPSad, o paciente é atendido por uma equipe formada por psiquiatra, pedagoga, psicóloga, assistente social, educador físico, entre outros.

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Um presente para o Paiaiá

O Paiaiá, distrito de  Santo Estevão, estará realizando a formatura      de uma de suas filhas.Trata-se de Neusilene  Silva, que é formanda de Fisioterapia pela Universidade Estácio de Sá.
Cheia de competência e amor pela profissão que abraça. a futura e já quase fisioterapeuta conta as horas para para exercer suas atividades profissionais como profissional diplomada. 

Antônio Rocha

Teorias da Comunicação


Escola Estadunidense

A Pesquisa de Comunicação de Massa (“A Mass Communication Research”) teve início nos Estados Unidos na década de 20, a qual esteve centrada nos estudos sobre a relação e interação entre os meios de comunicação de massa bem como os comportamentos dos indivíduos na sociedade.
É classificada em duas principais correntes de pesquisas, ambas focadas nos estudos sobre a interação:
  • Escola de Chicago: donde se destaca o sociólogo estadunidense Charles Horton Cooley (1864-1929) e o filósofo Georg Herbert Mead (1863-1931) com estudos sobre interação social e comportamento coletivo.
  • Escola de Palo Alto: com a apresentação do modelo circular de informação, do qual se destaca o biólogo e antropólogo Gregory Bateson (1904-1980).
Das teorias da comunicação desenvolvidas nas escolas estadunidenses destacam-se:
  • Corrente Funcionalista: com foco nos estudos sobre os media e a função da comunicação na sociedade; os principais teóricos da corrente funcionalista são: o sociólogo austríaco Paul Lazarsfeld (1901-1976), o cientista político estadunidense Harold Lasswell (1902-1978) e o sociólogo estadunidense Robert King Merton (1910-2003). O “Modelo de Lasswell” focou nos estudos de compreensão e descrição dos atos de comunicação baseada nas perguntas: “Quem? Diz o quê? Através de que canal? A quem? Com que efeito?”.
  • Teoria dos Efeitos: classificada em dois tipos “Teoria Hipodérmica” (Teoria da Bala Mágica) e “Teoria da Influência Seletiva”. A primeira está fundamentada no behaviorismo e focada nos estudos sobre as mensagens emitidas pelos meios de comunicação de massa e os efeitos causados nos indivíduos.Os teóricos mais relevantes da Teoria Hipodérmica foram: o psicólogo estadunidense John Broadus Watson (1878-1958) e o psicólogo e sociólogo francês Gustave Le Bom (1841-1931). Por sua vez, a Teoria da Influência Seletiva é classificada em “Teoria da Persuasão” que leva em conta os fatores psicológicos, e a “Teoria de Efeitos Limitados” (Teoria Empírica de Campo), fundamentada nos contextos sociais (aspectos sociológicos), sendo o principal articulador o psicólogo estadunidense Carl Hovland (1912-1961) e o psicólogo alemão-americano Kurt Lewin (1890-1947).

Escola Canadense

Os estudos sobre a comunicação de massa no Canadá surgem no início dos anos 50 a partir dos estudos do teórico, filósofo e educador Herbert Marshall McLuhan (1911-1980). Luhan foi criador do termo “Aldeia Global”, lançado em 1960, que indica a interligação do mundo por meio das novas tecnologias. De acordo com o teórico: “A nova interdependência eletrônica recria o mundo em uma imagem de aldeia global.”
Luhan precursor dos estudos sobre o impacto da tecnologia na sociedade através da comunicação massificada. Segundo ele: “O meio é a mensagem”, ou seja, o meio torna-se elemento determinante da comunicação, o qual pode interferir diretamente na percepção do conteúdo da mensagem, sendo, portanto, capaz de modificá-la.
De tal modo, o teórico classifica os meios conforme um prolongamento dos sentidos humanos, donde os “meios quentes”, apresenta um volume excessivo de informação envolvendo assim, um único sentido, e, portanto, tendo menor participação nos receptores, por exemplo, o cinema e o rádio; enquanto os “meios frios” apresentam pouco informação, envolvem todos os sentidos e logo, permitem maior envolvimento dos receptores, por exemplo, o diálogo, o telefone.

Escola Francesa

Na Escola Francesa, a “Teoria Culturológica” teve início nos anos 60 com a publicação da obra “Cultura de Massas no século XX” do antropólogo, sociólogo e filósofo francês Edgar Morin (1921). Os estudos de Morin focaram na Industrialização da Cultura e, portanto, foi ele quem introduziu o conceito de Indústria Cultural.
Roland Barthes (1915-1980), sociólogo, semiólogo e filósofo francês, contribuiu na “Teoria Culturológica” por meio de estudos semióticos e estruturalistas. Ele realizou análises semióticas das propagandas e revistas, focado nas mensagens e no sistema de signos linguísticos envolvidos.
Georges Friedmann (1902-1977) foi um sociólogo francês marxista, um dos fundadores da “Sociologia do Trabalho”, abordou sobre os aspectos dos fenômenos de massa desde sua produção e consumo, apresentando assim, as relações do homem e das máquinas nas sociedades industriais.
O sociólogo e filósofo francês Jean Baudrillard (1929-2007) contribuiu com seus estudos na “Escola Culturológica”, abordando aspectos da sociedade de consumo, desde o impacto da comunicação de massa na sociedade, donde os indivíduos estão inseridos numa realidade construída, denominada de “realidade virtual” (hiper-realidade).
Louis Althusser (1918-1990), filósofo francês de origem argelina, contribuiu para a “Escola Culturológica” com o desenvolvimento de estudos sobre os aparelhos ideológicos de Estado (mídia, escola, igreja, família), os quais são formados através da ideologia da classe dominante relacionados com a coerção direta dos instrumentos repressivos do Estado (polícia e o exército). Na teoria da comunicação analisa os aparelhos ideológicos do Estado (AIE) de informação, ou seja, a televisão, o rádio, a imprensa, dentre outros.
Pierre Bourdieu (1930-2002) foi um sociólogo francês, importante nos estudos dos fenômenos midiáticos sobretudo em sua obra “Sobre a Televisão” (1997) donde critica a manipulação da mídia, nesse caso, no campo jornalístico, o qual veicula as mensagens do discurso televisivo em busca de audiência. Segundo ele, “A tela de televisão se transformou hoje numa espécie de espelho de Narciso, num lugar de exibição narcísica.”
Michel Foucault (1926-1984), filósofo, historiador e filólogo francês desenvolveu o conceito de "panóptipo", ou seja, um dispositivo de vigilância ou mecanismo disciplinar de controle social, donde a tevê é considerada um “panóptipo invertido”, ou seja, ela inverte o sentido da visão, ao mesmo tempo que organiza o espaço e controla o tempo.

Escola Alemã

Escola de Frankfurt, inaugurada no início da década de 20 na Alemanha, desenvolve a “Teoria Crítica” de teor marxista. Decorrente do nazismo ela fecha e reabre em Nova York na década de 50.
Assim, da primeira geração da escola de Frankfurt destacam-se os filósofos e sociólogos alemães Theodor Adorno (1903-1969) e Max Horkheimer, criadores do conceito de “Indústria Cultural” (que substitui o termo cultura de massa), donde apresentam características da cultura transformada em mercadoria, desde a manipulação e as mensagens ocultas envolvidas.
Do mesmo período o filósofo e sociólogo alemão Walter Benjamim (1892-1940) apresenta uma linha de pensamento mais positiva, no artigo “A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica” (1936), cujo estudo aborda a democratização da cultura no sistema capitalista ao tornar os bens culturais objetos da reprodução industrial.
Para tanto, a reprodução em série torna a arte um objeto de consumo cotidiano das massas, mesmo com a perda de sua “áurea”, a qual por sua vez, pode contribuir no desenvolvimento da intelectualidade da sociedade.
Outros teóricos que fizeram parte da primeira geração da Escola de Frankfurt foram: o filósofo, sociólogo e psicólogo alemão Erich Fromm (1900-1980), que aborda aspectos da alienação do ser humano na sociedade industrial e capitalista; e o sociólogo e filósofo alemão Herbert Marcuse (1898-1979) e seus estudos sobre o desenvolvimento da tecnologia.
Já na segunda geração da escola alemã destaca-se o filósofo e sociólogo Jürgen Habermas (1929) e seus estudos acerca da esfera pública abordados na obra “Mudança Estrutural da Esfera Pública” (1962). Para ele a esfera pública, que antes era composta por uma burguesia com consciência crítica, foi transformada e dominada pelo consumismo, levando a perda de seu caráter e conteúdo crítico.

Escola Inglesa

Os “Estudos Culturais” foram desenvolvidos na Inglaterra em meados dos anos 60, através do “Centro de Estudos da Cultura Contemporânea da Escola de Birmingham” (Centre for Contemporary Cultural Studies), fundado por Richard Hoggart em 1964.
Os estudos culturais ingleses estavam voltados para a análise da teoria política, posto que seus pesquisadores focaram sobretudo, na diversidade cultural gerada pelas práticas sociais, culturais e históricas de cada grupo.
De tal modo, os teóricos dessa corrente balizaram seus estudos na heterogeneidade e identidade cultural, na legitimação das culturas populares e no papel social de cada indivíduo dentro da estrutura social, expandindo assim, o conceito de cultura.
No tocante aos meios de comunicação de massa, mercantilização e massificação da cultura, muitos teóricos do período criticaram a imposição da cultura de massa por meio da Indústria Cultural, observando o papel dos meios de comunicação de massa na construção da identidade.
Os principais teóricos que fizeram parte dos estudos culturais ingleses foram: Richard Hoggart (1918-2014), Raymond Williams (1921-1988), Edward Palmer Thompson (1924-1993) e Stuart Hall (1932-2014).