Confederação
aciona STJD e Ministério Público acusando gaúchos de falsificação;
Colorado garante autenticidade e promete seguir tentativa de provar
ilegalidade de situação do zagueiro
A Confederação Brasileira de Futebol
(CBF) diz que são falsos os e-mails que o Internacional anexou ao
processo em que tentava tirar pontos do Vitória no Superior Tribunal de
Justiça Desportiva (STJD). Mais do que isso, a entidade máxima do
futebol brasileiro quer que o tribunal acione o Ministério Público para
“instauração de procedimento criminal destinado a apurar a
responsabilidade penal dos autores da falsidade”.
Situação de Victor Ramos segue gerando polêmica no Brasileirão (foto: Divulgação)
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A suposta troca de e-mails juntada ao Internacional a
um processo aberto pelo Bahia contra o Vitória em março dataria de 29
de fevereiro, envolveria o diretor de Registro e Transferência da
entidade, Reynaldo Buzzoni, e o chefe de Registros e Contratos do
Vitória, Edson Vilas Boas. Nesses e-mails apresentados pelo clube
gaúcho, que a CBF diz serem falsos, o diretor da confederação é
categórico ao afirmar que “mesmo para outro clube do mesmo país, é
necessário o retorno do ITC (Certificado Internacional de Transferência,
na sigla em inglês para o México para depois gerar um novo empréstimo
para um clube brasileiro”.
Em outro
e-mail, o diretor da CBF alerta para que seja observado período
autorizado pela Fifa para transferências desse tipo - a “janela de
transferência”. Em resposta, Vilas Boas escreve que a janela “já está
fechada”. Agora, a CBF diz que esses documentos, tiveram “sua
autenticidade impugnada por serem desprovidos de fé”.
Em
documento enviado ao procurador geral do STJD, a CBF diz que “trata-se
de uma documentação não verdadeira, inteiramente desprovida de fé, cuja
autenticidade fica expressamente impugnada”.
Apesar
dessa suposta troca de e-mails que daria razão à tese do Internacional,
o STJD rejeitou reabrir o processo de março e voltar a discutir se
Victor Ramos tem sido escalado irregularmente pelo rubro-negro no
Campeonato Baiano e também no Brasileirão da Série A.
Em entrevista coletiva, os advogados do Inter reiteraram que os emails são verdadeiros. "O Internacional defende a autenticidade dos documentos com a maior tranquilidade. Foram
provenientes de fonte absolutamente fidedigna e envolvida na
transferência do atleta", alegou Daniel Cravo, membro do corpo jurídico
do clube gaúcho. Também nesta sexta (9), o Inter avisou que
estuda como recorrer da decisão, deixando claro o intuito de recorrer ao
“tapetão” para se salvar do rebaixamento.