quarta-feira, 8 de junho de 2016

Sem cargos, aliados já ameaçam se rebelar

07/06/2016, 05h00
   
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Brazil's interim President Michel Temer looks on during a meeting with unionists at the Planalto Palace in Brasilia, Brazil, May 16, 2016. REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino
A decisão de Michel Temer de suspender a nomeação para cargos no governo abriu crise na base aliada. Irritado pela pressão e briga por espaço no governo, Temer freou o processo para reverter a sensação de loteamento de postos públicos. Os cargos serão preenchidos depois da votação da “Lei das Estatais”, que exige alta qualificação técnica para diretoria ou presidência de estatais e fundos de pensão. A gritaria foi imediata. Afinal, estão em jogo 400 diretorias e outros 700 cargos em órgãos como Furnas, Conab, Eletrobrás, Cemig, Casa da Moeda.
Deputados se queixam que ocupavam esses cargos antes da votação pelo impeachment de Dilma Rousseff. E que somente foram dispensando porque se alinharam a favor da posse de Temer. Agora, cobram do Planalto a devolução do espaço perdido.
Experiente parlamentar governista vai direto ao ponto e avisa que, se os cargos não saírem, ninguém vota com o governo.