domingo, 16 de agosto de 2015

Menina de 11 anos passa por cesariana para ter bebê de padrasto que a violentou



 
Uma cena de violência no trânsito teve grande repercussão nesta semana nas redes sociais. Um homem identificado como Claudir Lazzari, de 46 anos, foi atropelado por um veículo em alta velocidade, na noite do último domingo (9), na cidade de Flores da Cunha, na Serra do Rio Grande do Sul.
 
Um caso de estupro gerou polêmica no Paraguai. Uma menina de 11 anos teve bebê na última quinta-feira (13), após ser abusada sexualmente e engravidar do padrasto. As autoridades do país não permitiram o aborto. De acordo com matéria publicada pelo site uai.com, o caso causou comoção no mês de abril quando houve a descisão das autoridades. Ainda de acordo com a publicação, a menina ficou grávida quando tinha 10 anos. Ela completou 11 em maio, teve uma bebê de 3,5 quilos chamada Milagros em um hospital da capital do Paraguai, onde se recupera "de forma normal", conforme afirmou a médica Dolores Castellanos, ao site.
 
A mãe, de 1,39 metro de altura, pesava 34 kg no início da gestação e teve 37 semanas de gravidez. Ela ficará 72 horas em observação, afirmou Castellanos, chefe da Área Infância e Adolescência do hospital da Cruz Vermelha de Asunción, onde deu à luz por meio de cesárea.
 
Mario Villalba, diretor do hospital, explicou à imprensa que o parto "foi como qualquer outra cesárea, sem complicações, mas com a diferença de idade".  Ele disse ainda que a recuperação é como em qualquer outra cirurgia. E ao ser questionado sobre, se a menina poderá amamentar, o médico disse que depois será visto como ela se comporta como mãe.  
 
O padrasto da menina, Gilberto Martínez Zárate, 42 anos, foi detido e preso na penitenciária de Tacumbú em maio passado, submetido a processo pelo crime de estupro, que contempla apenas de 12 a 15 anos de prisão. A mãe da menor também foi detida e acusada por "omissão do dever de cuidado", embora tenham lhe concedido liberdade ambulatória para acompanhar sua filha durante a gravidez.
 
O caso desta menina gerou comoção para além do Paraguai. Especialistas da ONU afirmaram em maio que o governo paraguaio não atuou com a devida diligência para "assegurar o interesse superior da menina antes de descartar tratamentos para salvar a vida dela, inclusive o aborto".
 
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) manifestou sua preocupação pela desproteção das meninas paraguaias que sofrem abusos sexuais.