sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Opinião: ‘É muito engraçado ir a um churrasco e comer lasanha’




Escolhemos o título porque achamos que é muito engraçado o andamento das coisas relacionadas ao abate e comercialização de carnes em nosso Município.

O tempo passou, e nada evoluiu. Hoje temos uma feira livre que envergonha quem comercializa e violenta quem faz a aquisição de carnes para consumo próprio e/ou de terceiros.

Até quando o poder público local (diga-se os Prefeitos) irá continuar a se esquivar do problema da comercialização de carnes.

A ingerência é tamanha, por desconhecerem tamanha cadeia de comércio e vida de uma comunidade que se acha fragilizada, diminuindo sua estima e poder de ação, em especial nesse final de ano.

E elencamos algumas perguntas básicas:

Quantos animais são abatidos mensalmente em nossa região (Santo Estevão, Antonio Cardoso e Ipecaetá)? Resposta: 1.000 a 1.200 animais
Quanto custará construir um abatedouro para gado bovino, suíno e ovino? Resposta: R$ 2 milhões de reais

Quanto custou uma festa de Micareta em cada um dos últimos 3 (três) anos? Resposta: R$ 800 mil por evento
Quanto custou uma festa junina em cada um dos últimos 20 (vinte) anos? Resposta: Entre R$ 400 mil e R$ 700 mil por evento

Quem está à frente do poder público sabe bem os quantitativos e valores. E sabe bem que negligenciou para agradar os anseios comuns da comunidade com festas e mais festas, até porque nunca se exemplificou em gráficos ou tabelas que a carne comercializada em nossa terra tenha causado algum mal à saúde de outrem. E isso é fato.

Por isso nada fazem. E o comércio continua a reclamar por uma solução, agonizando nas madrugadas de todos os fins de semana, com a morte latente à volta de tantas almas bovinas, bem mais, na dor que o Estado lhes causa na ação em defesa da saúde de todos ( é mocinho caçando bandido).

Reclamar por reclamar já virou coisa sem valor. E enquanto o poder nada faz, continua o risco corrido, a banalidade na ação e o crime em tela.

Que fazer?

Que exigir?

Que suplicar?

A quem pedir?

A solução pode está nas indicações abaixo. Vejamos quais são elas:

Criação de uma EMPRESA PÚBLICA para abate, conservação e distribuição de carnes;
Empréstimo junto aos bancos governamentais para construção do abatedouro e câmara frigorífica, além da implantação da logística para distribuição de carnes na sede e zona rural e em outros municípios;
Utilização do Centro de Comercialização de Animais para comercialização de animais da região;
Qualificação da mão-de-obra ligada à cadeia de comercialização do gado bovino, desde a criação de animais até a distribuição de carnes;
Modernização de equipamentos de conservação e manuseio de carnes nos pontos de distribuição através de empréstimos juntos aos bandos de desenvolvimento;

Está fácil a solução, porque até agora só ocorreram tentativas leigas, sem critérios técnicos e sem amor à causa pública, proclamando novos problemas àqueles que da carne tiram o sustento para tantos.

Vamos parar com o escárnio público da nossa terra, porque é dela que estamos tirando o sustento, mas violentando seu nome todos os dias pela falta de ação do poder local.

E enquanto nada fazem o lucro que é pouco está sendo direcionado para outros mercados que dispõem do tão necessário ABATEDOURO e sua logística, ou até mesmo está se perdendo nas apreensões tão comuns nos tempos de agora.

E viva o povo que não reclama e sangra.








Correio da Cidade