sábado, 30 de abril de 2016

A MARATONA POLITICA

Estamos vivendo uma verdadeira maratona política. 
É grande  carga horária de um político, o corre corre ´ é intenso, todas as pessoas devem ser contatadas,  A mensagem deve chegar a todos.  É PRECISO MUITA FORÇA FÍSICA.
O  que fazer?
Procurar tempo para se alimentar e se  possível ter um bom  ter uma pessoa para lhe acompanhar físicament

Professores baianos têm até dia 5 de maio para fazer inscrição na Universidade do Professor

.
Mudar o tamanho da letra: Aumentar letra Diminuir letra



Com o objetivo de reduzir o número de professores que lecionam em disciplinas para as quais não têm a formação adequada, o Ministério da Educação (MEC) lançou a Rede Universidade Professor, que irá ofertar 105 mil vagas para a formação de professores, em cursos presenciais ou a distância por meio do programa Universidade Aberta do Brasil (UAB). Na Bahia, a ação é conduzida pelo Instituto Anísio Teixeira (IAT), por meio do Fórum Estadual Permanente de Apoio Docente do Estado da Bahia (Forprof).

Na Bahia, a ação é mediada pelo Instituto Anísio Teixeira (IAT), por meio do Fórum Estadual Permanente de Apoio Docente do Estado da Bahia (Forprof). De acordo com o diretor-geral do Instituto Anísio Teixeira, Severiano Alves, a abertura das vagas é uma ação que visa atender às metas 15 e 16 do Plano Nacional de Educação, no que tange à formação de professores. “Nós estamos preocupados com a melhoria da qualidade do ensino e ela também se faz pela formação adequada dos professores da nossa rede. E por isso a importância desta ação, que irá valorizar os nossos educadores e consequentemente melhorar o ensino para os nossos estudantes”, afirmou Severiano Alves.
Universidade do Professor - As vagas da Universidade do Professor serão disponibilizadas já a partir do segundo semestre deste ano, com a oferta de 105 mil vagas em cursos de 1ª licenciatura, na modalidade a distância, no âmbito do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB); e, na modalidade presencial regular, em vagas residuais das instituições federais de ensino superior. Em 2017, além das vagas citadas, a oferta será complementada com vagas em cursos de 1ª Licenciatura, 2ª Licenciatura, com carga horária reduzida e Complementação Pedagógica do Parfor presencial e do Sistema UAB. Para participar, é preciso que o professor esteja cadastrado no Educacenso 2015 e acesse o site da Plataforma Freire. As inscrições podem ser feitas até 05 de maio.


sexta-feira, 29 de abril de 2016

Áudio pornô vaza em comissão do impeachment no Senado

-AA+
    Durante o pronunciamento do senador Cássio Cunha Lima (PSDB/PB), na comissão no Senado Federal que analisa o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff nesta quinta-feira, 28, um áudio misterioso vazou do celular de algum presente na sessão.
    A comissão recebeu os juristas Miguel Reale Jr. e Janaina Paschoal, dois dos autores do pedido de afastamento. E apesar do foco total nos discursos realizados pela dupla, um momento, digamos, constrangedor, roubou a cena durante a maratona de debates.
    Durante o pronunciamento do senador que analisava a defesa do pedido, feita minutos antes por Janaina, um áudio misterioso vazou. Espantado, o parlamentar pediu para que os segundos perdidos com o surgimento do áudio fossem compensados: "Peço que desconte do meu tempo o choro do bebê".
    Mas apesar da fala de Cássio, visivelmente se percebe que o áudio se trata de um gemido, apontado por muitos como um daqueles conteúdos espalhados em redes sociais e no WhatsApp disfarçados em links encurtados.

    Para Cardozo, eleição antecipada só seria possível se Dilma e Temer concordarem

    •  comentários
    José Eduardo CardozoImage copyrightReuters
    Image captionPara Cardozo, se Dilma e Temer abrirem mão de seus mandatos não haverá 'obstáculo jurídico' para a eleições presidenciais
    O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, considera que só seria possível aprovar no Congresso a realização de eleições presidenciais antecipadas se a presidente Dilma Rousseff e seu vice, Michel Temer, aceitassem abrir mãos dos seus mandatos.
    Sob essa condição, ele não vê "obstáculo jurídico" para a aprovação de uma emenda constitucional autorizando o novo pleito.
    É improvável que isso ocorra. O próprio Temer disse essa semana que considera um "golpe" antecipar as eleições, indicando não ter pretensão de renunciar.
    Dilma também já deu diversas declarações dizendo que jamais renunciaria, mas, diante da iminente aprovação do seu afastamento pelo Senado, parte da base governista tem defendido que ela mude de posição e proponha eleições diretas.
    Na semana passada, 29 senadores assinaram uma proposta de emenda constitucional (PEC) para a realização de eleição presidencial em outubro.
    "Eu não tenho emitido minha opinião (sobre antecipação das eleições) porque é uma discussão que diz respeito ao posicionamento da presidenta. Eu apenas digo que, caso se pretenda fazer uma nova eleição, eu não vejo obstáculo jurídico, desde que as pessoas que têm mandato concordem com isso."
    "Porque se as pessoas não forem abrir mão de seus respectivos mandatos, não há juridicamente condição de aprovar", acrescentou.
    Com essa declaração, Cardozo indica considerar a proposta de antecipar eleição, sem consentimento de Dilma e Temer, inconstitucional.
    A Constituição brasileira já prevê a convocação de eleições presidenciais diretas no caso dos cargos de presidente e vice ficarem vagos antes da conclusão da metade dos seus mandatos. Dessa forma, se Dilma e Temer renunciassem ainda este ano, seria possível realizar o pleito.

    Policia prende irmãos gêmeos acusados de matar secretário de Educação de Santo Estevão; Dupla confessou

    A polícia acaba de prender os gêmeos acusados de assassinar o secretário de Educação de Santo Estevão, José Agnaldo Barreto de Almeida, 42 anos.
    A prisão dos gêmeos Walace e Walter da Silva Magalhães aconteceu no município de Lauro de Freitas,, no início da madrugada desta sexta-feira (29). A dupla confessou o crime.

    falecom@correiodacidade.com.br



    quinta-feira, 28 de abril de 2016

    Dilma assina decreto que permite transexuais usarem nome social em órgãos federais


     


    • Roberto Stuckert Filho/PR
      Dilma recebeu no Palácio do Planalto o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), a ministra Nilma Lino Gomes e representantes do Conselho Nacional LGBT
      Dilma recebeu no Palácio do Planalto o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), a ministra Nilma Lino Gomes e representantes do Conselho Nacional LGBT
    A presidente Dilma Rousseff assinou nesta quinta-feira (28) decreto que permite transexuais e travestis usarem seu nome social em todos os órgãos públicos, autarquias e empresas estatais federais. Essa medida vale para funcionários e também usuários.
    O nome social é o nome escolhido por essas pessoas de acordo com o gênero que se identificam, independentemente do nome com que foram registrados no nascimento.
    Segundo a Secretaria de Direitos Humanos, o decreto permite que as pessoas coloquem o nome social em todo o sistema, como, por exemplo, ao preencher formulários, nos crachás e em atos.

    Rogério Sottili, secretário especial de Direitos Humanos, afirma que a mudança não vale para o registro oficial, como o RG, por exemplo, porque para isso é necessário um projeto de lei, mas ele considera que o decreto abre as portas para "o movimento importante de mudança do registro".

    "Uma pessoa que nasce João, e hoje ela tem a sua identidade como Maria, ela não vai ter, no seu documento social, o nome Maria. Ela vai ser conhecida como João. Portanto essa falta de possibilidade constrange, promove preconceito, promove violência", disse Sottili.
    O decreto passa a valer após a publicação no Diário Oficial, mas ainda terá um prazo de seis meses para que a mudança seja implementada em formulários, e de até um ano para o sistema todo.
    Para a assinatura, Dilma recebeu no Palácio do Planalto, além de Sottili, a ministra Nilma Lino Gomes, o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) e representantes do Conselho Nacional LGBT.
    Leia mais em: http://zip.net/bgtcxx

    Receita inteligente de um religioso

    Já  faz algum tempo  que ouvir de um Padre que  a mulher é o maior sinal de seriedade de um candidato é   companhia de sua esposa._Pois é sinal que é um grande pai de família e isso faz com as  PESSOAS  acreditem  em suas   palavras
    Depois de alguns tempo ouvir um líder que mulher é muito  importante, pois   elas vão onde os homens não devem ir.

    PALAVRAS DO VICE PREFEITO de SANTO ESTEVAO

    O Governo Municipal precisa se posicionar quanto ao videomonitoramento da cidade. Cidades como Sapeaçu já saíram na frente com este projeto. Toda a cidade precisa participar desta discussão: políticos, comerciantes, estudantes, enfim a população em geral. Tive notícias, de que o videomonitoramento está sendo implantado em Ipirá pelo valor R$ 150.000,00 (Cento e Cinquenta Mil Reais), valor em que o município pode reavaliar o seu planejamento anual e implantar este sistema que dará a todos a sensação de segurança, dando uma outra ferramenta às autoridades policiais para a elucidação de crimes, veículos roubados ou em atitude suspeita. Não precisamos de separação, mas de união. O Santis pela Paz tem feito a sua parte, mas tem sido escrachado nas redes sociais. Engraçado que poucos têm feito a sua parte como cidadãos por tantos outros. Unir é necessário, não importa se este ou aquele movimento, mas toda uma população unida pelo bem comum. Vamos nos unir, vamos dar as mãos e realmente agir como irmãos. Também se faz necessário de se exija do Secretário Estadual de Segurança Publica, o Senhor Maurício Barbosa, o compromisso feito com representantes do município quanto a mais viaturas, efetivo para as polícias civil e militar, bem como a central de autuação em flagrante, até então, nada foi disponibilizado, a não ser a boa vontade do Delegado Regional de Feira de Santana Dr. Uzum que tem dado suporte a Polícia Civil. Hoje na Bahia, vivemos um caos na Segurança Publica, com um deficit de 165 (cento e sessenta e cinco) delegados. Temos uma CORPIN (Coordenadoria de Polícia do Interior) em nossa cidade que só existe no papel. O Judiciário também precisa ser cobrado, pois com tantos problemas se faz necessária agilidade quanto aos decretos de prisão requeridos e sem resposta em tempo hábil para colocar na cadeia os responsáveis ou possíveis acusados. Será necessários morrerem outros Rodrigos, Agnaldos e Juvenais para que o estado se posicione? Será necessário que a nossa população acampe na porta da Secretaria Estadual de Segurança Publica e mobilize toda a imprensa do estado para mostrar o quão indefesos estamos? Eu estou tão triste quanto qualquer um, mas eu também quero respostas. Será que não temos homens de palavra neste estado ou a palavra já não vale nada? ‪#‎precisamosderespostas‬‪#‎precisamosdesegurança‬ ‪#‎precisamosdeaçãoMaurícioBarBosa‬‪#‎precisamosdeaçãoSecretáriodeSegurançadoEstadodaBahia‬

    Afficher plus de réactions

    DÉCIMO SEGUNDO TLC DA PARÓOQUIA DE SANTO ESTEVÃO

    NOS PRÓXIMOS DIAS 03,04 E 05 DE JUNHO ACONTECERÁ O DÉCIMO SEGUNDO TLC DA PARÓQUIA de SANTO ESTEVÃO,A EQUIPE JA FOI MONTADA E REUNIÕES ESTÃO ACONTECENDO DE FORMA CONSTANTE.
    É ESPERADO A PARTICIPAÇÃO DE UNS CINQUENTA JOVENS, PARA VIVEREM ESTA EXPERIENCIA
    PARA PARTICIPAR DO ENCONTRO O JOVEM DEVE PARTICIPAR DE DOIS ENCONTROS PREPARATÓRIOS, O DDA E O DDE.

    segunda-feira, 25 de abril de 2016

    STF investiga um terço dos senadores da comissão de impeachment


     




    • Fotomontagem: Marcos Oliveira/Agência Senado e Renato Costa/Folhapress
      O tucano Aloysio Nunes e o petista Lindbergh Farias (à direita)
      O tucano Aloysio Nunes e o petista Lindbergh Farias (à direita)
    Dos 21 parlamentares indicados para a comissão do impeachment no Senado, mais de um terço responde a inquéritos no Supremo Tribunal Federal. Dos oito senadores com processos, quatro deles integram a lista dos políticos investigados pela Operação Lava Jato. Antes de levar o caso ao plenário da Casa, o grupo será responsável por analisar a denúncia contra a presidente Dilma Rousseff acolhida na Câmara no último dia 17.
    Indicados para a presidência e relatoria da comissão, os senadores Raimundo Lira (PMDB-PB) e Antonio Anastasia (PSDB-MG) ficaram de fora desta lista. Em fevereiro, o STF arquivou um inquérito que investigava a suposta participação do tucano na Lava Jato.
    Pedro França/Agência Senado
    A senadora Gleisi Hoffmann (PT- PR)
    Já Gleisi Hoffmann (PT- PR), Lindbergh Farias (PT-RJ), Fernando Bezerra (PSB-PE) e Gladson Cameli (PP-AC) são os senadores investigados por suposto envolvimento na corrupção na Petrobras. Lindbergh é o que responde ao maior número de processos na Corte: cinco.
    Gleisi, que foi ministra da Casa Civil no primeiro mandato de Dilma, é alvo de dois procedimentos. Ela também foi citada na delação do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS). Em março, a Polícia Federal indiciou a senadora e seu marido, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, por suposto recebimento de R$ 1 milhão. Lindbergh teria recebido propina desviada da estatal de R$ 2 milhões para financiar a campanha ao governo do Rio em 2014. Além disso, ele é investigado em quatro procedimentos.
    Jonas Pereira/Agência Senado
    A senadora Simone Tebet (PMDB-MS)
    O senador Fernando Bezerra, que responde a quatro inquéritos, foi citado na delação do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa por ter recebido R$ 20 milhões na época em que ele era secretário do então governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Cameli é um dos parlamentares do PP relacionados à corrupção da Petrobras. Ele também responde a um processo por dirigir bêbado.
    Aloysio Nunes (PSDB-SP) é alvo de um inquérito que está oculto no sistema do STF, em razão de desdobramentos da Lava Jato. Os outros parlamentares da comissão que enfrentam investigações no STF são Simone Tebet (PMDB-MS), Wellington Fagundes (PR-MT) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
    Leia mais em: http://zip.net/bstb7n

    Janot aponta 11 motivos para tirar Cunha da presidência da Câmara

    PUBLICI

    Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil
    Rodrigo Janot, procurador-geral da República
    Rodrigo Janot, procurador-geral da República
    O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enumerou em petição ao Supremo Tribunal Federal 11 motivos para o 'necessário e imprescindível' afastamento do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do mandato de parlamentar e de l

    da Casa. O documento foi entregue ao STF em dezembro de 2015, mas a Corte ainda não tomou uma decisão

    "Nós enviamos várias denúncias contra ele e mais duas devem ser consideradas em breve pelo Supremo. Não podemos admitir que o terceiro homem na linha sucessória tenha um passado como o dele", afirmou.

    Em caso de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), o vice Michel Temer (PMDB) assume a presidência e Eduardo Cunha, réu por corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato, chegaria ao segundo cargo da linha sucessória.

    O pedido de afastamento entregue por Janot ao Supremo traz um capítulo intitulado 'Dos atos que visaram embaraçar e impedir a investigação de organização criminosa'. Nele, o procurador aponta onze razões que, em sua avaliação, justificam o afastamento de Eduardo Cunha.

    "Certamente referido cargo (presidência da Câmara) lhe dá muito maiores poderes para atender aos interesses espúrios dos empresários, pois é o Presidente da Câmara o responsável por estabelecer a pauta de votação da Casa e, ainda, interferir na escolha de diversos cargos estratégicos para tais votações", diz Janot. "A reiteração criminosa e o uso do cargo de representante do povo para atender interesses ilícitos e escusos, não apenas dos empresários, mas também próprios, é fator que demonstra a necessidade também do afastamento do cargo para evitar a reiteração criminosa, assegurando-se a ordem pública."

    A defesa do presidente da Câmara, afirmou em petição entregue ao Supremo que os '11 atos' em que se baseia o procurador-geral da República são 'todos impertinentes'.

    Os 11 motivos de Janot para afastar o parlamentar:

    'Primeiro ato: Requerimentos referentes a Julio Camargo e Grupo Mitsui'
    Denúncia do Ministério Público Federal, oferecida em 20 de agosto de 2015 ao STF, aponta que pelo menos US$ 5 milhões em propina relacionada à aquisição de navios-sonda pela Petrobras foram pagos a Eduardo Cunha.

    Para receber os valores, o deputado teria pressionado o lobista Julio Camargo com a emissão de dois requerimentos perante a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados (CFFC). De acordo com o documento da Procuradoria-Geral da República, embora os requerimentos tenham sido formalmente apresentados na Comissão de Fiscalização e Controle pela então deputada Solange Almeida (PMDB-RJ), o verdadeiro autor dos documento é Eduardo Cunha, 'diante da senha e login encontrados nas propriedades dos document
    "Um dos requerimentos solicitava informações ao Tribunal de Contas da União, enquanto o outro ao Ministério de Minas e Energias. Esses requerimentos tinham o objetivo de pressionar Julio Camargo a honrar o pagamento da propina", afirma Janot.

    Segundo a Procuradoria, o então diretor do Centro de Informática da Câmara dos Deputados, Luis Carlos Eira, foi ouvido formalmente pelos investigadores sobre o caso.

    "Após a autoria dos requerimentos vir à tona, Eduardo Cunha - novamente utilizando seus poderes para fins espÚrios e tentar garantir a não apuração de suas condutas - exonerou Luis Carlos Eira do cargo de diretor de Informática da Câmara dos Deputados", sustenta o procurador-geral.

    "Os fatos indicam que existe um grupo de parlamentares, liderados por Eduardo Cunha, que vem se valendo dos respectivos mandatos e prerrogativas, tais como poder de requisição e convocação, a fim de pressionar e intimidar terceiros, empresários ou qualquer pessoa que possa contrariar os interesses do grupo criminoso do qual Eduardo Cunha faz parte."

    'Segundo ato: Grupo Schahin'
    O pedido de afastamento do presidente da Câmara aponta que os mesmos instrumentos de pressão utilizados contra Julio Camargo também foram utilizados contra o grupo empresarial Schahin. O motivo: uma briga entre a Cebel - Belém Centrais Hidrelétrica -, de propriedade de Lúcio Bolonha Funaro, aliado de Eduardo Cunha, e a Schahin.

    De acordo com o documento, para executar as obras de construção da Pequena Usina Hidrelétrica (PCH) de Apertadinho, a Cebel contratou os serviços da Schahin Engenharia. No entanto, a barragem da hidrelétrica se rompeu em 9 de janeiro de 2008, 'causando diversos danos ambientais e sociais'.

    "Em virtude desse acidente, iniciou-se uma declarada guerra entre a Cebel, controlada por Lúcio Funaro, e a Schahin Engenharia. A discussão girava sobre a responsabilidade pela não renovação da apólice de seguro-garantia da obra e, via de consequência, pelas danos causados", aponta Janot.

    Segundo o procurador, após a disputa entre Funaro e Schahin 'surgiram dezenas de requerimentos no Congresso Nacional, patrocinados por Eduardo Cunha e seus correligionários, a pedido de Lúcio Bolonha Funaro, com o intuito inequívoco de realizar um ataque claro e sistemático às empresas do Grupo Schahin'.

    Janot aponta que registros da Câmara dos Deputados, desde 2008 - mesmo ano do rompimento da PCH de Apertadinho - foram mais de trinta medidas em face da Schahin, incluindo requerimentos de informações, convites para audiências em comissões, pedidos de auditorias ou fiscalizações.

    "Os requerimentos se iniciaram em 21 de fevereiro de 2008 - apenas dois meses após o rompimento - e continuaram até a CPI da Petrobras de 2015. Sem contar esta última CPI da Petrobras, foram formuladas 32 proposições em face do Grupo Schahin", assinala o procurador. "Somados a esses, foram elaborados outros 6 requerimentos em desfavor do grupo Schahin perante a CPI da Petrobras instaurada em 2015, conforme será visto adiante, por pessoas também ligadas a Eduardo Cunha."

    Na ocasião que esta informação foi divulgada, Lúcio Bolonha Funaro se manifestou desta forma
    "1- Primeiro: nunca paguei despesas do deputado Eduardo Cunha ou de qualquer outro parlamentar que seja .

    2- Segundo: as dezenas de requerimentos feitos a respeito do Grupo Schahin devem ter sido para apurar as milhares de atividades irregulares perpetuadas pelo respectivo grupo em seus mais diversos ramos de atividade , como já ficou comprovado por diversas matérias jornalísticas, procedimentos do Banco Central do Brasil , Polícia Federal e até pelo Ministério Público Federal. O que me causa perplexidade é até hoje os diretores e acionistas desse Grupo ainda não terem sido punidos de forma exemplar, como foram diversos outros diretores de grupos concorrentes, pelo Ministério Público.

    3- Todos os procedimentos feitos pela empresa Cebel, a qual eu represento , sejam eles na esfera Arbitral ou Judicial deram ganho de causa à Cebel ,em todos os sentidos , portanto o estranho não são os requerimentos e sim a atuação de alguma força oculta para proteger esse Grupo . Cabe ressaltar que a Cebel se utiliza de todos os meios lícitos nessa disputa, ao contrário do Grupo Schahin que, inclusive, foi pego em delito flagrante tentando forjar uma perícia falsa .

    4- Não cabe a minha pessoa discutir uma denúncia feita a um terceiro pelo procurador geral da República e sim as partes envolvidas discutirem no fórum adequado.

    5- Estou a disposição da Justiça para esclarecer qualquer fato relativo a minha pessoa ou aos procedimentos adotados pela Cebel perante o Grupo Schahin ."

    'Terceiro ato: Convocação pela CPI da advogada Beatriz Catta Preta'
    O procurador-geral da República afirma, no pedido de afastamento de Eduardo Cunha, que o presidente da Câmara 'valeu-se de seus aliados para constranger e intimidar quem ousou contrariar seus interesses', na CPI da Petrobras.

    A Comissão, 'por meio de votação simbólica e no meio de outros 80 requerimentos', aprovou a convocação da advogada Beatriz Catta Preta, que trabalhou nos acordos de delação premiada do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, do ex-gerente executivo da estatal Pedro Barusco, do empresário Augusto Mendonça e do lobista Julio Camargo.

    'Essa aprovação ocorreu, curiosamente, após Julio Camargo, então cliente de Beatriz Catta Preta, prestar depoimento à Procuradoria-Geral da República, no qual revela que Eduardo Cunha recebeu parte da propina relacionada ao navios-sondas vendidos pela Samsung à Petrobras", diz Janot.

    O documento diz ainda. "Diante de tantas provas contra si, não restou outra alternativa a Eduardo Cunha a não ser partir para o ataque contra as pessoas que vÊm colaborando para a revelação de seus crimes. Para tanto, Eduardo Cunha vem se utilizando de todo seu poder como Deputado e, especialmente, como presidente da Câmara dos Deputados, a fim de constranger diversos atores envolvidos na investigações, sejam eles colaboradores, testemunhas, advogados de defesa e agentes públicos."

    'Quarto ato: contratação da empresa Kroll'
    O documento aponta que a Kroll, classificada como 'empresa de investigação financeira com atuação controvertida no Brasil', foi contratada por R$ 1 milhão supostamente para auxiliar na investigação dos trabalhos da CPI da Petrobras.

    "Contudo, pelo que se extrai do relatório final apresentado pela empresa, o foco do trabalho não foi apurar a autoria e materialidade dos crimes praticados contra a Petrobras, mas sim tentar descobrir algo que, numa eventualidade, possa comprometer os acordos de colaboração premiada firmados no âmbito da Operação Lava Jato revelando, assim, total desvio de finalidade pública, salvo beneficiar os criminosos envolvidos nos fatos, especialmente Eduardo Cunha)", sustenta o pedido de afastamento de Eduardo Cunha.

    Os alvos a serem investigados pela Kroll teriam sido 'os principais envolvidos que vêm colaborando com a elucidação dos fatos e, via de consequência, precisamente aqueles que vem indicando os agentes políticos que participavam do esquema': o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, o ex-gerente-executivo da companhia Pedro Barusco, o doleiro Alberto Yousseff, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o lobista Júlio Camargo, o dono da UTC EngenharRicardo Pessoa; o ex-presidente da Camargo Corrêa Dalton Avancini, o ex-vice-presidente da empreiteira Eduardo Leite, o empresário Augusto Mendonça Neto, ex-representante da empresa SBM Julio Faerman e Stael Fernanda Janene, ex-mulher do ex-deputado José Janene, morto em 2010.


     

    'Quinto ato: a utilização da CPI da Petrobras para fins ilícitos (pressão sobre o Grupo Schahin e convocação e afastamento do sigilo, pela CPI, de parentes de Alberto Youss
    Rodrigo Janot afirma no documento que a CPI da Petrobras foi usada para pressionar o Grupo Schahin e o doleiro Alberto Youssef, primeiro delator a citar o nome de Eduardo Cunha na Lava Jato. Para o prpcurador-geral da República, trata-se 'de um caso típico de abuso de poder que merece a intervenção do Poder Judiciário, sob pena de comprometer o resultado útil da investigação e, portanto, da aplicação da lei penal
    Segundo o procurador, não havia indícios de que a Schahin tivesse feito parte do 'cartel VIP' de empreiteiras cartelizadas na Petrobras. "A CPI não demonstrou o mesmo interesse com outros diretores de empresas diretamente envolvidas no cartel. Além disso, foram convocados parentes do grupo Schahin que não possuíam poder de gestão na companhia", afirmou Janot.

    "Inclusive, o STF garantiu aos notificados o direito de ficar em silêncio na sessão da CPI em que foram intimados, que foi efetivamente exercitado por todos os integrantes da família Schahin. Nada obstante, os familiares não foram dispensados e foi uma longa sessão, com diversos tipos de discussões, acusações e agressões verbais, conforme é possível verificar da transcrição da referida sessão. Interessante destacar que, segundo consta, diversos deputados possuíam e questionavam os membros da família com base em um relatório da Kroll."

    O procurador relata outro que em outro episódio Eduardo Cunha 'se valeu de seus aliados para constranger e intimidar desafetos no âmbito da CPI da Petrobras, mais especificamente o colaborador Alberto Youssef'. A Comissão havia aprovado a convocação das três filhas e da ex-mulher do doleiro para que elas comparecessem à CPI. Um dos membros da CPI havia pedido ainda a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático da ex-mulher, da irmã e das filhas de Youssef, 'que hoje possuem 21, 23 e 26 anos e que, na época de muitos dos fatos investigados, eram menores de idade'.

    "Este requerimento de convocação da filhas de Alberto Youssef e de sua ex-mulher teve o único objetivo de intimidar o colaborador que revelou em depoimento formal à Justiça e ao Ministério Público que Eduardo Cunha foi um dos beneficiários da propina da Petrobras", afirma Janot. "As justificativas apresentadas são totalmente genéricas, sem indicar qualquer elemento concreto em face dos referidos família. Em relação à irmã de Alberto Youssef, a justificativa seria de que teria movimentado valores em 2008!"

    'Sexto ato: Abuso de poder com a finalidade de afastar a aplicação da Lei Penal'
    O documento aponta que 'recentemente, mais um aliado de Eduardo Cunha apresentou projeto de lei que visa impedir que um colaborador corrija ou acrescente informações em depoimentos já prestados'. A proposta seria uma resposta à atitude do lobista Julio Camargo, que procurou o Ministério Público Federal, segundo Janot, para 'retificar depoimento e declarar que Eduardo Cunha recebeu US$ 5 milhões de propina na contratação de navios-sonda pela Petrobras'.

    "A alteração legislativa proposta confere uma "segurança jurídica" aos criminosos que bastarão ameaçar e intimidar os colaboradores até a "primeira oitiva". Após esse momento, não poderão alterar ou corrigir as informações, ainda que tenham um motivo relevante para tanto", sustenta Rodrigo Janot.
    "Eduardo Cunha, por seu turno, na condição de Presidente da Câmara, determinou que o referido projeto tenha "apreciação conclusiva" pelas Comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e pela Comissão de Constituição e Justiça. Isso implica que, caso o projeto seja aprovado nestas duas comissões, nas quais Eduardo Cunha conta com maioria aliada, o projeto não precisará ser submetido à votação pelo plenário."

    'Sétimo ato: Retaliação em face dos que contrariam os interesses de Eduardo Cunha'
    O pedido de afastamento de Eduardo Cunha aponta que 'conforme representação apresentada a esta Procuradoria-Geral da República pelo Deputado Chico Alencar, líder do PSOL, e outros, Eduardo Cunha vem retaliando os membros da bancada do PSOL, responsáveis por apresentar, junto com o partido Rede Sustentabilidade, conforme será visto, representação pela cassação de Eduardo Cunha perante o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados'.

    Segundo o documento, 'imediatamente' após o pedido, de 13 de novembro de 2015, houve representações contra os deputados Jean Wyllys e Chico Alencar, respectivamente, vice-líder e líder do PSOL na Câmara. Ainda teria havido retaliação contra o deputado Glauber Braga, que também assinou a representação.

    "Na referida representação Chico Alencar é acusado de ter usado recursos da Câmara para fins eleitorais por ter parte da sua campanha financiada por funcionários de seu gabinete e de ter apresentado notas frias por serviços prestados por empresa fantasma para ser ressarcido pela Câmara. No entanto, referida representação se baseou em investigação já investigada e arquivada pelo Ministério Público Federal", diz Janot.

    "Interessante apontar que já se iniciou a apreciação do parecer preliminar em desfavor de Chico Alencar - enquanto o de Eduardo Cunha, mesmo sendo anterior, até a presente data, continua estagnado."
    'Oitavo ato: Utilização de suas atividades como Parlamentar para fins ilícitos. Reiteração criminosa'
    Rodrigo Janot aponta que em busca e apreensão autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, foi apreendido documento que aponta 'para o recebimento de vantagens indevidas por parte de Eduardo Cunha para aprovar medida provisória de interesse do Banco BTG'

    "Ressalte-se que o banco BTG PACTUAL, em 11 de agosto de 2014, fez doação oficial à campanha de Eduardo Cunha no valor de R$ 500 mil", afirma Janot.

    O procurador sustenta em seguida. "E-mails trocados demonstram que Eduardo Cunha atuou como longa manus dos bancos, protegendo os interesses ilícitos destes em detrimento do interesse público, visando, assim, receber vantagens indevidas."

    Janot cita ainda a relação entre o empresário José Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro, da OAS, e Eduardo Cunha. Foram apreendidas 'centenas de mensagens trocadas entre Léo Pinheiro e Eduardo Cunha, apreendidas no celular daquele'.

    "A partir de tais mensagens, é possível verificar nitidamente o modus operandi do grupo criminoso. Projetos de lei de interesse das empreiteiras eram redigidos pelas próprias empreiteiras, que os elaboravam, por óbvio, em atenção aos seus interesses espúrios, muitas vezes após a "consultoria" de Eduardo Cunha. Em seguida, o projeto era encaminhado ao deputado Eduardo Cunha, que apresentava o projeto de interesse das empreiteiras perante o Congresso Nacional diretamente ou por meio de algum dos seus aliados", assinala o procurador.

    "O projeto era apresentado, por diversas vezes, por meio de algum deputado ligado a Eduardo Cunha, para não vinculá-lo diretamente. Em geral, o projeto era apresentado por meio de emendas a Medidas Provisórias, que não tratavam do tema (os chamados "jabutis")."

    Na ocasião em que esta informação foi divulgada, o BTG se manifestou desta forma.

    Nota à imprensa: O BTG Pactual nega veementemente a realização de qualquer tipo de pagamento para suposto benefício referente a Medida Provisória n. 608, de 1º de março de 2013. O BTG Pactual informa que está à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários.

    Roteiro de esclarecimento sobre a MP 608/13

    1 - A Medida Provisória 608/13, no âmbito das novas regras de Basileia 3, que visaram aperfeiçoar a capacidade das instituições financeiras de absorverem choques na economia diminuindo riscos dos depositantes e severidade de crises bancárias, dispõe basicamente sobre os pontos abaixo:

    a) Crédito presumido apurado com base em créditos decorrentes de diferenças temporais;

    b) Títulos de crédito e instrumentos emitidos por instituições financeiras para a composição do seu patrimônio de referência para o cômputo dos índices de Basileia.

    2 - Note-se que com referência ao item 1A, o artigo 17º da MP determina que ele só se aplica aos eventos que vierem a ocorrer a partir de 1º de janeiro de 2014. (Portanto, não se aplica a nenhuma das liquidações ocorridas antes dessa data).

    'Nono Ato: "manobras espúrias" para evitar a regular atuação de seus pares na apuração de condutas no âmbito da Câmara dos Deputados (da obstrução da pauta com o intuito de se beneficiar)'
    O procurador-geral da República sustenta que Eduardo Cunha vem se valendo se sua posição de presidente da Câmara 'para obstruir a continuidade das investigações do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, com o intuito de defender seus interesses particulares'. O documento afirma que Cunha é 'profundo conhecedor do Regimento Interno' e aponta manobras para se beneficiar.

    Um dos episódios é relatado no documento. "A sessão do Conselho de Ética estava marcada para o dia 19 de novembro de 2015 e tinha como finalidade votar o parecer preliminar relativo ao processo contra Eduardo Cunha. Porém, referida sessão foi impedida de se realizar em razão de manobras feitas pelo investigado e seus aliados. Inicialmente, Eduardo Cunha trouxe dificuldades operacionais para a realização da sessão, dificultando que o Conselho obtivesse sala de reunião."

    'Décimo ato: Ameaças ao ex-relator do Processo de Cassação'
    De acordo com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na mesma data em que Eduardo Cunha impediu a votação do relatório do deputado Fausto Pinato (PP-SP) - favorável à continuidade do processo -, no dia 19 de novembro, surgiram ameaças sofridas pelo parlamentar 'em razão de suas funções como relator do processo de cassação de Eduardo Cunha'.

    "Um dos parlamentares afirmou que o relator teria recebido ameaças e que sua família fora constrangida durante um trajeto realizado de carro", aponta Janot. "No dia 1º de dezembro de 2015, Fausto Ruy Pinato apresentou representação ao Ministro da Justiça, narrando tais ameaças e confirmando-as."

    Fausto Pinato afirmou que 'providenciou um carro blindado e contratou um policial militar aposentado para ficar dentro do seu domicilio e acompanhar todos os deslocamentos dos seus familiares'.

    Segundo o documento, em 2 de dezembro de 2015, o motorista do deputado foi ouvido e confirmou as ameaças. Em depoimento, o motorista afirmou. "A ameaça se deu quando saiu da frente da casa do deputado em Fernandópolis/SP quando deixou a família do deputado (esposa e filha) em casa; que logo após dois motoqueiros o abordaram quando parou em cruzamento; que o que estava na garupa disse "pergunte ao seu patrão se ele quer ir para o céu. Se ele não acha melhor colaborar com a situação. Ele tem uma filha linda/fuma esposa linda, um irmãozinho lindo. Tem muita gente poderosa por trás da relatoria do seu patrão. Dá esse recado pra ele."
    Janot afirma, "embora Eduardo Cunha tenha pedido 'proteção' ao referido parlamentar, não exclui o fato de que era o principal interesse e beneficiado pelas referidas ameaças. Certamente, trata-se de estratagema para poder, justamente, buscar isentar-se".

    'Décimo-primeiro Ato: novas ameaças e oferta de propina ao ex-relator'
    Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Fausto Pinato afirmou que recebeu, de maneira velada, oferta de vantagem ilícita em razão da sua posição de relator.

    "Tais ofertas são claramente ligadas ao processo de cassação de Eduardo Cunha. Além de ser o mais interessado no deslinde final do feito, Cunha já demonstrou em outras ocasiões que atua por meio de interpostas pessoas, justamente para que não seja vinculado diretamente com os atos ilícitos praticados", sustenta Janot.

    "Todas as manobras descritas por parte de Eduardo Cunha e relativas ao funcionamento do Conselho de Ética, embora digam respeito diretamente à instrução do processo em trâmite na Câmara dos Deputados, repercutem também nas investigações em curso perante o Supremo Tribunal Federal, na medida em que os esforços investigativos operados tanto pelo Conselho de Ética quanto pelo Ministério Público Federal devem se somar para desvendar a verdade em torno dos fatos, que, como já dito, são idênticos. Ao alijar uma destas forças de trabalho, certamente, Eduardo Cunha está contribuindo diretamente para dificultar o esclarecimento dos fatos investigados

    Família de diarista morta no Lobato nega operação e pede justiça: "policial é para proteger, não para tirar vidas"


     

    Vânia Machado tinha 40 anos e morreu após ser baleada no rosto durante ação da PM no Lobato

    2016 09:21:26
      
    Vânia: deixa filhos de 8 e 20 anos
    (Foto: Almiro Lopes/CORREIO)
    A diarista Vânia Machado, 40 anos, não teve nem tempo de se despedir da filha mais velha na noite de sábado (23). Ela acompanhava Vanessa, 20, até o portão da casa onde morava, na Rua Divisa Alegre, no Lobato, para que a filha e o neto de 1 ano, Davi, fossem embora, quando foi atingida por um tiro na cabeça e morreu.
    Segundo parentes, o tiro foi disparado por policiais da 14ª Companhia Independente da PM (Lobato), que chegaram, a pé, atirando no local, por volta das 21h.
    "A filha dela estava indo embora e gritou ‘polícia’ e entrou, com o bebê. Ela (Vânia) foi fechar o portão e já recebeu a bala e caiu morta. Não estava tendo nada no bairro, não teve tiroteio", contou uma das irmãs de Vânia, Cleide Machado, 37, durante o enterro da diarista, ontem, no Cemitério Quinta dos Lázaros.
    Cerca de 200 pessoas estavam presentes no local. Além de Vanessa, Vânia era mãe de um menino de 8 anos. “Quero conversar com o secretário (da Segurança Pública, Maurício Barbosa) e com o governador (Rui Costa), porque isso não pode ficar assim. Policial é para proteger, não para tirar vidas”, desabafou outro irmão de Vânia, Clóvis Machado, que pedia a exoneração dos PMs. 
    "Só ouvi três tiros e um atingiu minha irmã. Ou faziam para se exibir ou para amedrontar os moradores. Se ficarem, vai morrer mais gente inocente”, disse. Segundo a PM, uma guarnição da 14ª CIPM foi acionada para averiguar a denúncia de que homens armados estavam nos fundos do Colégio Ailton Pinto de Andrade. No local, teriam abordado pessoas, mas um homem fugiu. 
    Cerca de 200 pessoas acompanham cortejo com corpo de diarista no Cemitério Quinta dos Lázaros(Foto: Almiro Lopes/CORREIO)
    Ainda segundo a PM, dois dos policiais seguiram o suspeito, que começou a atirar contra eles. "Os dois integrantes da equipe policial efetuaram um disparo, cada, em resposta à agressão, mas não conseguiram alcançar o agressor”, diz a PM, em nota. Em seguida, a guarnição foi informada de que uma mulher foi baleada na região e a encaminharam ao Hospital do Subúrbio.
    A PM informou ainda que “quase uma hora depois da saída dos policiais daquele local, foi passada outra informação de que uma segunda mulher estava caída ao solo vitimada por disparo de arma de fogo. A guarnição averiguou a denúncia e constatou que a mulher identificada como Vânia Machado falecera”.
    Os policiais que participaram da ação foram conduzidos à Corregedoria da PM e um Inquérito Policial Militar foi instaurado. Moradores contestam que uma segunda vítima teria sido baleada. “A PM agiu em nome do estado. Uma ação que não está provada que partiu da arma de PMs num confronto com delinquentes numa situação. A gente lamenta porque são pessoas que vieram ser vitimas em razão dessa triste realidade que a gente vive”, afirmou o corregedor da PM, coronel Manoel Amâncio.