sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Em alta no mundo, fome volta a ameaçar America do Sul

Em alta no mundo, fome volta a ameaçar America do SulDepois de mais de uma década de queda, a fome no mundo volta a aumentar e atinge de novo a América do Sul, continente que era considerado como o local de "vanguarda" na erradicação do problema.  Dados publicados pela ONU revelam que 815 milhões de pessoas hoje passam fome no mundo, 11% da população. Sem citar textualmente o nome do Brasil, José Graziano, diretor-geral da FAO e ex-ministro do governo Luiz Inácio Lula da Silva, criticou "governos sul-americanos" que tem retirado proteções sociais por conta de problemas fiscais.  O informe aponta que a proliferação de conflitos armados, mudanças climáticas e a recessão econômica seriam os principais motivos para esse aumento. Entre 2015 e 2016, as entidades acreditam que o número de famintos aumentou em 38 milhões de pessoas. A última vez que um crescimento havia sido registrado foi em 2002. A fome ainda afeta 155 milhões de crianças que, diante da falta de alimentos, são mais baixas e menos desenvolvidas para sua idade.  Esse é o primeiro informe mundial sobre a fome depois que a ONU adotou como meta erradicar a fome até 2030 no planeta. O aumento do problema, porém, revela que o desafio pode ser maior que o que se previa.  De acordo com o informe, um dos aspectos que pesou foi a recessão econômica, principalmente na América do Sul. A região, pela primeira vez em mais de uma década, registrou o aumento da fome.