quinta-feira, 27 de julho de 2017

Agora é com os franceses: nova empresa assina hoje concessão do aeroporto de Salvador

Ele passa a valer efetivamente 30 dias após a publicação em Diário Oficial. É quando a companhia inicia um período de administração conjunta com a Infraero até março de 2018 para, só depois, seguir os próprios passos no aeroporto de Salvador.
(Mauro Akin Nassor/CORREIO )Mas, numa livre adaptação a um famoso ditado baiano, a empresa francesa vai “receber a galinha voando”. O terminal acumula problemas e queixas por parte de quem precisa passar por lá para viajar. Além dos elevadores, esteiras de bagagem e escadas rolantes quebradas, há outros problemas como a má qualidade do sinal de internet, mau funcionamento do ar-condicionado, lojas fechadas.
Quem tenta sentar para esperar um voo encontra estofados estragados e uma quantidade pequena de assentos. O  forro externo está danificado, há mau cheiro nos sanitários, baixa iluminação, inúmeras tomadas com avarias - quando encontradas -, ausência de placas informativas, entre outros transtornos.
Ontem, o CORREIO esteve no aeroporto e observou que o secador de mãos do banheiro feminino estava quebrado, com uma placa sinalizadora de “piso molhado” encaixada nele. No mesmo banheiro, havia uma pia entupida e uma das torneiras não funcionava. Dos cinco banheiros visitados, um estava com mau cheiro, apesar de uma funcionária da limpeza ter acabado de limpá-lo.
 
A reportagem também constatou que os dois elevadores que levam à praça de alimentação, no andar de embarque, estavam bloqueados. Ao todo, foram contadas, ainda, dez lojas fechadas. Para carregar o celular é preciso procurar muito até encontrar uma disponível e funcionando.
Transtorno 
A escada rolante do último andar, que oferece uma vista panorâmica da pista, estava isolada com tapumes. Este mesmo andar parecia empoeirado e os vidros de onde, em tese, se pode ver a decolagem e pouso dos aviões, estavam sujos. Também lá havia uma porta automática solta e manchas de infiltração no teto.

O refrigerista Miqueias Santos Machado, 35 anos, foi ao aeroporto para levar a esposa, mas enfrentou transtornos. Circular com as bagagens foi difícil, já que os elevadores não funcionavam. “Os equipamentos estavam parados, precisam ser consertados. Eu estava com três malas grandes e tive que parar o carro na parta de desembarque para conseguir encontrar um carrinho e levá-las”, conta.
Depois, ele resolveu levar o filho para ver o avião decolando. “Tive que descer com uma mala de mão e duas crianças. Isso é o cúmulo”, completa. Miqueias ainda viu infiltrações na cobertura entre o estacionamento até o terminal.
Na área do check-in,  passageiros que não sabiam se iam aos guichês ou ao autoatendimento. Os guichês ficam no meio do saguão, com aspecto de estruturas improvisadas. Os totens com informações de localização aparentam ser antigos, com adesivos apagados. Em março, o CORREIO também esteve no local e quase todas essas situações citadas também foram vistas.