O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin determinou o
afastamento do senador Aécio Neves (PSDB) do cargo no legislativo,
segundo o jornal O Estado de S. Paulo. A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão em endereços do senador nesta manhã.
Os mandados são cumpridos no gabinete do presidente do PSDB e na na casa do parlamentar em Brasília.
De acordo com o jornal, o STF também autorizou a prisão da irmã do senador, Andréa Neves.
Segundo
o empresário Joesley Batista, que fechou acordo de delação premiada com
a Procuradoria-Geral da República, ao lado de seu irmão Wesley Batista e
outros cinco executivos da JBS, Aécio pediu 2 milhões de reais para
supostamente custear a defesa dele na Operação Lava Jato.
De acordo com O Globo,
que revelou a delação premiada nesta quarta-feira, o presidente do PSDB
teria dito ao empresário que o valor custearia o trabalho do advogado
Alberto Zacharias Toron. A conversa teria durado 30 minutos e foi
gravada em um hotel em São Paulo.
“Se for você a pegar em mãos,
vou eu mesmo entregar. Mas, se você mandar alguém de sua confiança,
mando alguém da minha confiança”, teria dito Joesley ao tucano. “Tem que
ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com
um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e
vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do caralho”, teria respondido
Aécio, em uma suposta referência a seu primo Frederico Pacheco de
Medeiros.
Ainda segundo a publicação, o dinheiro foi entregue em
quatro parcelas de 500.000 reais a Medeiros pelo diretor de relações
institucionais da JBS, Ricardo Saud. Uma das entregas teria sido filmada
pela Polícia Federal, ocasião em que Frederico Medeiros teria repassado
o dinheiro a Mendherson Souza Lima, secretário do senador Zezé Perrella
(PMDB-MG).