Rogério Lins (PTN) não foi localizado pela polícia. Onze vereadores da cidade foram presos. Grupo desviou cerca de R$ 21 milhões dos cofres públicos.
O Ministério Público do Estado de São Paulo deflagrou mais uma fase da
operação Caça-Fantasmas, na manhã desta terça-feira (16), em Osasco, na
Grande São Paulo. A Justiça determinou a prisão do prefeito eleito de
Osasco, o vereador Rogério Lins (PTN). Além dele, foram expedidos
mandados de prisão contra outros 13 vereadores da cidade.
Lins não foi localizado na sua residência pela manhã porque, segundo a polícia, ele está fora do país.
No total, foram expedidos 14 mandados de prisão contra vereadores de
Osasco. Além de Rogério Lins (PTN), tiverem prisão decretada outro
vereador do PTN e vereadores dos partidos PT do B (2), PSDB (2), PEN
(1), PDT (1), PROS (1), PT (1), PSD (1), PTB (1), PRB (1) e PC do B (1).
A Câmara Municipal de Osasco tem 21 vereadores, ou seja, dois terços dos parlamentares tiveram pedido de prisão decretada.
O Ministério Público estima que os vereadores desviaram cerca de R$ 21
milhões dos cofres públicos em um esquema de contratação de funcionários
fantasmas na Câmara Municipal.
Outros onze vereadores da cidade foram presos. Dez vereadores foram
levados para a delegacia. Já a vereadora Andrea Capriotti (PTN) foi
localizada, mas está internada desde domingo no hospital após sofrer um
acidente e ficou sob custódia da polícia.
A assessoria de imprensa do prefeito eleito de Osasco, Rogério Lins,
informou, em nota, que não tem funcionários fantasmas, que prestou
esclarecimentos à Promotoria e que também informou sobre sua viagem ao
exterior. (Veja a nota abaixo).
Segundo promotores, os vereadores contratavam apadrinhados, que não
trabalhavam, mas recebiam como funcionários. Em troca, os parlamentares
ficavam com parte dos salários dos funcionários fantasmas. A operação
foi deflagrada em agosto de 2015 com o objetivo de desestruturar o
esquema de captação de dinheiro de parte do salário dos assessores dos
vereadores.
Desde o início da operação, 73 mandados de busca foram cumpridos. A
denúncia foi oferecida nesta semana contra 217 pessoas, entre
vereadores, assessores e fantasmas. Mais de 200 pessoas foram afastadas.
Dos vereadores presos, sete foram reeleitos nas eleições deste ano para
mais um mandato. Entre eles, o Alex da Academia do PDT, o quarto mais
votado.
Mais de 200 pessoas foram afastadas de seus cargos cautelarmente pela
Justiça, a pedido do Ministério Público de São Paulo. A operação
coordenada pelo promotor de Justiça Gustavo Albano estima que o esquema
desviou R$ 21 milhões.
Também foram presos os vereadores Toniolo, Josias da Juco, Karen Gaspar e Valmomiro Ventura, entre outros.
Os advogados da maioria dos vereadores presos disseram que vão tomar
conhecimento das acusações antes de falar. Já os advogados dos
vereadores Toniolo e Josias da Juco negam qualquer hipótese de
funcionários fantasmas em seus gabinetes.
O Tribunal Regional Eleitoral ainda não se manifestou se os vereadores reeleitos serão diplomados.
Prefeito Eleito
Rogério Lins (PTN) foi eleito prefeito de Osasco (SP) para os próximos quatro anos. Com 91% das seções apuradas, Lins teve 218.779 votos (61,21%). O atual prefeito Jorge Lapas (PDT) teve 138.625 votos (ou 38,79%).
Rogério Lins (PTN) foi eleito prefeito de Osasco (SP) para os próximos quatro anos. Com 91% das seções apuradas, Lins teve 218.779 votos (61,21%). O atual prefeito Jorge Lapas (PDT) teve 138.625 votos (ou 38,79%).
Rogério Lins (PTN), de 38 anos, disse após saber de sua vitória que irá
"tocar a Prefeitura" como fez com suas empresas. "Eu tive duas empresas
na cidade, foram muito bem sucedidas". Lins ainda disse que quer
"respeitar o dinheiro público da nossa população, é tolerância zero com a
corrupção".
Lins, que derrotou o atual prefeito que se disputava a reeleição, Jorge
Lapas, disse que irá rever todos os contratos vigentes. "Se não tiver
prazo, qualidade e bom preço não vai trabalhar na cidade enquanto eu
tiver administrando. Então com isso vai sobrar dinheiro pra gente gastar
no que é prioridade".
Lins foi vereador no período de 2009 até 2012 e reeleito em 2013 para o
mesmo cargo. Ele também já foi secretário da Indústria, Comércio e
Abastecimento de Osasco e diretor de Esportes.
Veja a nota na íntegra
"O vereador ROGÉRIO LINS, vem, por sua assessoria, em atenção à imprensa e à sociedade, em virtude das notícias veiculadas nesta data, acerca das operações realizadas pelo Ministério Público, esclarecer que:
"O vereador ROGÉRIO LINS, vem, por sua assessoria, em atenção à imprensa e à sociedade, em virtude das notícias veiculadas nesta data, acerca das operações realizadas pelo Ministério Público, esclarecer que:
Em que pese o respeito pelas autoridades constituídas, bem como pelas
decisões proferidas, esclarece que desconhece qualquer motivo que
pudesse justificar a medida extrema proferida em seu desfavor, até
porque tem colaborado intensamente com as investigações do Ministério
Público.
Merece destaque o fato de que fora intimado a prestar esclarecimentos
perante a 8ª Promotoria de Osasco na data de 22/10/2016, e em flagrante
demonstração de comprometimento e lisura, antecipou sua oitiva para a
data de 18/11, nutrindo o órgão ministerial de informações relevantes
para contribuir com as investigações, demonstrando pormenorizadamente o
seu não envolvimento com qualquer ilicitude.
Não bastasse isso, todos os funcionários lotados em seu gabinete foram intimad