O acordo costurado entre o Senado e o Supremo Tribunal Federal (STF)
para contornar a grave crise política e manter Renan Calheiros na
presidência da Casa pode já ter cinco votos na Corte, segundo a
colunista Monica Bêrgamo.
Segundo a publicação, ele prevê que o ministro Dias Toffoli apresente
voto dizendo que o senador não poderia assumir a Presidência na ausência
de Michel Temer, por ser réu. Por outro lado, essa condição não o
impediria de permanecer no cargo em que está.
Além disso, ela detalha que Celso de Mello, o decano do STF, pode
dizer, logo no início da sessão de hoje, que já decidiu nesse sentido na
sessão em que se discutiu se um político que é réu poderia permanecer
num cargo que está na linha sucessória da Presidência da República, como
é o caso da presidência do Senado. Poderiam seguir Dias Toffoli os
ministros Ricardo Lewandowski, Luiz Fux, Teori Zavaski e até a
presidente do tribunal, Cármen Lúcia.
Desta forma, afirma a colunista, já estaria formada maioria dos
presentes –Gilmar Mendes não estará na sessão e Luis Roberto Barroso já
se declarou impedido de votar pois um dos advogados da causa já
trabalhou com ele.
O julgamento sobre a liminar do ministro Marco Aurélio Mello que
afastou o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) do cargo acontece nesta
quarta-feira (7).