O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), , com sede em Porto
Alegre, rejeitou a alegação da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva de que o juiz federal Sérgio Moro seria suspeito para seguir
julgando os processos da Operação Lava Jato. A exceção de suspeição foi
julgada ontem (26) e indeferida. A defesa de Lula havia argumentado que
Moro ordenou conduções coercitivas e interceptações telefônicas ilegais,
além de ter levantado ilegalmente o sigilo profissional dos advogados
do petista ao grampear seus telefones. Para o desembargador João Pedro
Gebran Neto, relator do caso, "a simples verificação dos pressupostos
necessários à instauração de medidas cautelares não permite dizer que o
julgador seja suspeito ou esteja impedido de continuar na lide". Para
ele, a atuação de Moro está restrita ao cotidiano jurisdicional. Quanto
aos grampos telefônicos dos advogados do ex-presidente, Gebran afirmou
que o terminal estava registrado em nome da empresa Lils Palestras,
pertencente à Lula, e não de um escritório de advocacia. De acordo com a
Agência Brasil, a defesa do petista tentou invalidar a decisão do TRF4
por apontar o próprio desembargador Gebran como suspeito, por ter
relacionamento pessoal com o juiz Moro. O recurso, no entanto, foi
rejeitado pelo desembargador federal Victor Luiz dos Santos Laus.