terça-feira, 5 de julho de 2016

Vinte anos depois da ovelha Dolly, clones humanos ainda são ficção científica

05 de Jul // | Mundo
Quando em 5 de julho de 1996 nasceu Dolly, a ovelha clonada, muitos celebraram a tomada de controle do ser humano sobre o DNA como uma prévia de futuros avanços, como por exemplo na área de transplante de órgãos. Outros, no entanto, expressaram o temor de um novo mundo de seres idênticos criados como peças de reposição.
 
Na realidade, nada disso aconteceu em 20 anos. A clonagem humana, um processo complexo, arriscado e eticamente questionável, foi finalmente substituída por outras tecnologias como fonte da medicina regenerativa. "Não aconteceu o que se esperava", afirma Rosario Isasi, do Instituto de Bioética e Política Sanitária da Universidade de Miami.
 
"Houve um momento de euforia: alguns pensaram que finalmente seríamos capazes de compreender melhor os mecanismos das doenças, usar isso como tratamento para a infertilidade. Não foi o que aconteceu", declarou à AFP. Dolly, a ovelha mais famosa do mundo, foi o primeiro mamífero clonado por meio de uma técnica denominada Transferência Nuclear de Células Somáticas (TNCS).