quinta-feira, 14 de abril de 2016

Votação do pedido de impeachment de Dilma será domingo (17) à tarde


O pedido de impeachment da presidente Dilma será votado no domingo (17) à tarde no plenário daCâmara. A debandada na última hora ampliou o isolamento do governo. O PP e o PRB anunciaram que vão votar pelo afastamento da presidente.
O governo e a oposição não param de fazer contas e projeções de votos. Os governistas ficaram abalados, porque até terça-feira (12) contavam, principalmente, com os votos do PP. O governo achava que teria apoio garantido do partido. Mas apenas 9 de 47 deputados foram contrários a deixar o governo. O PP decidiu entregar os cargos, até o Ministério da Integração Nacional. E na  onda do desembarque, entrou o PRB, o que tornou o cenário bem mais complicado para  o governo.
Depois da derrota na Comissão, o governo perdeu o apoio de partidos importantes da base aliada. O Partido Progressista, que tem 47 deputados, se reuniu e anunciou que vai orientar o voto a favor do impeachment. Alguns deputados até se manifestaram contra o afastamento da presidente Dilma Rousseff. Mas a expectativa é que a maioria acompanhe a decisão da bancada. Até o líder, que foi ministro das Cidades do atual governo e votou contra o impeachment na Comissão Especial, agora diz que vai mudar o voto.“O meu voto é o voto da bancada, eu não posso votar diferente da minha bancada”, disse o líder do PP, Aguinaldo Ribeiro.
O PR manteve o apoio ao governo e divulgou nota para anunciar o substituto do líder, Maurício Quintella, que deixou o cargo porque está a favor do impeachment. Ele diz que outros deputados do partido também vão votar pelo afastamento. “Não dá para a gente votar, num caso como esse, por imposição partidária. Cada um sabe onde o seu sapato aperta. Acho que nós temos, a favor do impeachment, pelo menos 25 deputados. Acho que tem 12 ou 13 favoráveis e um ou dois ainda indecisos. Então, cada lado vai fazer a sua parte, de tentar conquistar os seus votos. Isso é natural. Aí, segunda-feira (18), nós vamos tratar de reconstruir a unidade partidária”, afirmou Maurício Quintella.
O governo só conta hoje com o apoio integral de três partidos. PT, PCdoB e PSOL devem votar contra o impeachment. Além do PP, o PBR também decidiu, na terça-feira (12), que todos os 22 deputados terão que votar a favor do impeachment.
Já o PMDB não fechou questão. Sabe que uma parte dos 66 deputados vai votar contra o afastamento.
PSB orientou os 31 deputados a votarem pelo impeachment.
PT liberou os 13 deputados para decidirem como votar. O PSD vai se reunir nesta quarta-feira (13) para anunciar de que lado o partido fica.
Apesar das deserções, o governo diz que continua confiante na vitória em plenário. Acredita que a oposição não vai conseguir os 342 votos necessários para aprovar o impeachment e diz que já contava com a divisão de votos entre alguns partidos aliados.
“O PP, nós já contabilizávamos como uma bancada dividida e nós teremos uma parte dos votos do PP e outra parte não votará conosco, assim nós temos uma contabilidade que não se alterou nessa semana e até o final da semana muita água ainda correr por debaixo dessa ponte”, disse o vice-líder do governo, Paulo Teixeira (PT-S