quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Hernane promete justificar o apelido de 'Brocador' com a camisa do Bahia


Bruno Queiroz (bruno.queiroz@redebahia.com.br)
  
Não foi um “pacotão” de Natal, mas a passagem de Papai Noel pelo Fazendão, apesar de econômica, trouxe um bom presente para o torcedor tricolor. O Bahia apresentou, ontem, Hernane “Brocador” como primeiro reforço do clube para a temporada 2016. 
O contrato foi firmado até dezembro do ano que vem, com possibilidade de renovação por mais dois. Baiano, de Bom Jesus da Lapa, Hernane comemorou bastante o retorno à sua terra natal. 
“É um pensamento que vem de criança, pois todo jogador do interior baiano pensa em atuar  na Fonte Nova, no Bahia ou Vitória. Só que o Bahia tem uma grandeza enorme que é difícil descrever. Infelizmente, não tive oportunidade de jogar na Bahia, mas acho que nada seria melhor do que agora em 2016, já que o Bahia está pensando grande, almejando títulos e a volta para a Série A”, disse.  
Será a primeira vez que Hernane, 29 anos, atuará por um clube do estado. A carreira como profissional começou no São Paulo, onde foi promovido ao time principal em 2007, mas não teve oportunidades de atuar. Após alguns empréstimos, ganhou destaque apenas em 2012, quando marcou 16 gols no Campeonato Paulista pelo Mogi Mirim. 
A partir daí, ganhou notoriedade nacional ao defender o Flamengo, onde sagrou-se campeão da Copa do Brasil, em 2013, e marcou 36 gols naquela temporada. A grande performance no rubro-negro carioca lhe rendeu o apelido de “Brocador”, expressão genuinamente baiana. 
“Esse apelido foi de baiano pra baiano. Veio do Fabiano, um goleiro que era do São Paulo, foi pro Porto e agora tá no Fenerbahçe. Acho que tô no lugar certo e com o apelido certo. É o baiano brocador. Espero que eu faça muitos gols e ouça a torcida gritar o nome do brocador”, afirmou, feliz.
Com a camisa em homenagem aos 85 anos do Bahia, Hernane comemora a chance de jogar na terra natal
(Foto: Almiro Lopes/Correio)
O novo atacante tricolor acredita que o impacto da sua chegada pode atrair outros bons nomes para o Bahia. “Uma vez, no Sport, o Diego Souza brincou que eu acreditei no projeto. Creio que posso ser essa referência para o Bahia fazer boas contratações e almejar coisa grande. Alguns jogadores ainda têm receio de vir para o Nordeste. Sou baiano e em momento algum ia pensar em não vir pro Bahia”. 
Artilharia e número   
A possibilidade de formar dupla de ataque com Kieza existe, já que a diretoria do clube ainda aguarda a resposta para a novo proposta de empréstimo feita pelo K9 ao Shanghai Shenxin, da China. Apesar da relação com a camisa 9, não será problema para o “Brocador” vestir outro número. 
“O que faz o jogador não é a camisa. Poderia jogar com a 20, 21, 50, 100, isso não faz diferença. Tenho que jogar um bom futebol e fazer os gols, independente da camisa que estiver usando”, avisou Hernane, que só não abre mão de brigar pela artilharia nas competições que disputar. 
“Sou um atacante que gosto sempre de brigar por artilharia. Quero fazer os gols e brigar por artilharia nas competições e no Brasil. Podem esperar isso do Hernane em 2016 também”, finalizou o atacante, bastante confiante.