quinta-feira, 24 de setembro de 2015

São Paulo.Aluna apanha até desmaiar na porta de escola em Piracicaba




 



Colaboração para o UOL, em Ribeirão Preto (SP)
  • Arquivo Pessoal
    Estudante teve cabelos arrancados por outra aluna em Piracicaba (SP)
    Estudante teve cabelos arrancados por outra aluna em Piracicaba (SP)
Uma estudante de 18 anos foi agredida por três jovens, na noite de terça-feira (22), em frente à escola estadual onde estuda em Piracicaba (SP). Ela apanhou por aproximadamente 20 minutos e chegou a ter tufos de cabelo arrancado durante a agressão, que só terminou depois que ela desmaiou. O motivo da agressão seria o fato de ela ser ex-namorada do atual parceiro de uma das agressoras. O caso é investigado pela Polícia Civil.
A estudante Daiane Fernanda Mizael, a vítima, cursa o terceiro ano do ensino médio e relatou que assim que chegou à Escola Barão do Rio Branco por volta das 19h, hora do início das aulas, e que já era aguardada pelas três jovens, que estavam perto do portão de entrada dos alunos. "Eu estava passando por elas quando senti o primeiro soco. Fui puxada pelo cabelo e elas começaram a me dar socos", conta.
Daiane conta que levou socos, chutes e teve o cabelo arrancado pelas agressoras. Ela relatou ainda que perdeu sangue e que chegou a desmaiar. "Elas me jogaram no chão e bateram sem dó. Em certo momento, apaguei e, quando acordei, elas já tinham ido embora", contou.
Ela afirmou que conhece uma das meninas, que tem 16 anos e estuda na oitava série, período vespertino, da mesma escola. "Há dois anos, eu namorei o atual namorado dela. Acho que ela tem ciúmes, mas isso ficou no passado e não tem sentido eu apanhar porque namorei ele há dois anos", disse. 
Arquivo Pessoal
Aluna foi agredida na porta de escola em Piracicaba (SP)


Daiane afirmou que também conhece as outras duas pessoas que a espancaram. "São primas dela, ambas maiores de idade. Uma tem 19 e outra 22 anos", conta ela, que forneceu os nomes de todas as envolvidas para a polícia.

'Todo mundo me viu apanhando'

Um conhecido de Daiane viu ela desmaiada e a socorreu. Ela foi levada para dentro da escola. Depois, recebeu atendimento médico e registrou um boletim de ocorrência de lesão corporal. Daiane passou ontem por exame de corpo de delito e a investigação será conduzida DDM (Delegacia de Defesa da Mulher). Procurada, a DDM informou que irá localizar as suspeitas e que as três serão ouvidas sobre o caso.
Já a Secretaria Estadual de Educação informou que repudia qualquer ato de violência e que acolheu a aluna mesmo tendo a agressão ocorrido fora da escola. A instituição afirmou ainda que todas as medidas cabíveis foram tomadas e que um professor-mediador, especializado em sanar conflitos, está cuidando do caso. A secretaria informou ainda que conta com o apoio da Polícia Militar, que realiza rondas para garantir a segurança no entorno das escolas.
Daiane, por sua vez, questionou a ação da escola, que, na visão dela, teria permitido que a agressão ocorresse. "Todo mundo me viu apanhando, por 20 minutos, e ninguém fez nada. Acho que a escola tinha que ter impedido a agressão, independente de ter sido dentro ou fora dos muros da escola. Ninguém fez nada", disse.
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