sábado, 22 de agosto de 2015

Esse sacerdote ao centro da foto é o Pe. Sebastião, Tião para os mais próximos.

Esse sacerdote ao centro da foto é o Pe. Sebastião, Tião para os mais próximos.

Ontem ele estava, junto com pastores e membros de religiões afro, à frente do culto ecumênico de 7º dias das vítimas da chacina ocorrida na minha cidade e em Barueri, cidade onde mora minha família. A foto me foi enviada por um primo da minha esposa presente ao culto.
Não quero falar sobre a chacina em si, já muito comentada e, para meu espanto, recebendo grande atenção do governo estadual e imprensa nacional. Quero falar sobre o Tião!
Ele já foi pároco da igreja São Domingos, onde vivi durante anos, e a mim não espanta ser o único sacerdote presente. Aliás, para mim que já fui proibido, quando ainda vivia na São Domingos, de tocar durante as missas "hinos de guerra da Teologia da Libertação", nada mais me espanta.
Saudades de quando a igreja olhava para o pobre e não para o espelho, quando entendia Jesus no outro e não nos altares, quando o Evangelho era mais que um livro vermelho com letras douradas na capa para ficar bonito no post do Facebook.
Obrigado Tião por me fazer acreditar que nas quebradas, como diziam as faixas de protesto pelos crimes ocorridos, ainda existe Igreja de verdade.