quarta-feira, 1 de abril de 2015

Santo Estevão: "O povo deve ter opção de escolha", afirma ex-prefeito

Rogério Costa, ex-prefeito
O ex-prefeito de Santo Estevão, Rogério Costa (PT), tem se destacado na região como uma liderança política. Isso foi assegurado pelo atual gestor Orlando Santiago (PSD), que durante entrevista à Rádio Paraguassu FM enfatizou que se Rogério ou ele não for candidato, não teria mais nome.
Mesmo com a crise enfrentada pelo Partido dos Trabalhadores, o ex-gestor santo-estevense, procura fortalecer sua liderança na cidade. Conversamos com ele para saber um pouco dos seus projetos e posicionamentos a respeito de questões específicas:



Folha do Paraguassu: Como um político jovem, e que tem perspectiva de retornar para prefeitura, o que a população mais carece atualmente?


Rogério Costa: Cabe a um candidato ou mesmo um gestor público, perceber a dimensão que representa o plano diretor para a gestão pública municipal e assegurar a eficaz aplicação de sua metodologia, que requer: a leitura da realidade municipal por técnicos de diversas áreas do conhecimento atuando num processo interdisciplinar; a leitura comunitária através de audiências participativas regionalizadas; o desenvolvimento econômico e social do município, suas tendências e potencialidades. Esse processo foi iniciado durante minha gestão com a aplicação PPA Participativo (Plano Pluri Anual) e foi ele que orientou nossas tomadas de decisões e assim que deverá ser.

FP: Como é manter a ética e a postura em uma cidade que ultimamente tem acontecido várias situações desagradáveis envolvendo líderes políticos?

RC: A ética é a base fundamental que condiciona uma pessoa de qualidade seja político ou não.O gestor público tem muito mais do que dever, tem a obrigação de seguir uma conduta ética e digna de sua representação política, e de todos os setores econômicos e sociais, perante seus eleitores e perante a si próprio. Muitos gestores não a levam em consideração, apresentando desvios de conduta que se repercutem em: corrupção, abuso do poder, nepotismo, desvio de recursos públicos, falta de decorro parlamentar, falácias e promessas enganosas, assédio moral e inúmeras outras práticas abusivas, descabidas e ilícitas.
E todos os atos que são praticados em contradição aos princípios éticos, de alguma forma, prejudicam a otimização dos resultados, e são praticados contra a sociedade, contribuindo para firmar o descrédito da população.

FP: Na última eleição em que concorreu para deputado, o senhor teve uma votação expressiva. O que isso significou?

RC: Antes de qualquer coisa, quero agradecer aos quase 20 mil eleitores que acreditam nessa força e foram às urnas demonstrar seu apoio a nossa candidatura. Agradeço a todos os companheiros que voluntariamente dedicaram tempo e esforços nesse projeto. Isso significa uma coisa muito simples, porém de grande importância na minha vida que chamo de “Confiança Legítima”. Eu entendo que confiança legítima defende a manutenção de atos administrativos, cujos efeitos se prolongaram no tempo, gerando na população expectativa legítima de continuidade e isso significa muito pra mim.

FP: O atual cenário da política nacional pode contribuir de forma negativa para a política local?

RC: Estamos vivendo tempos difíceis na situação econômica do mundo, não só no Brasil. Geralmente, quando a economia não está indo muito bem, o partido de governo sente mais. Será necessário um processo de reconstrução da credibilidade, algo que passa pela retomada do crescimento, pela definição de um programa de governo que possa mostrar a retomada do futuro, pela revitalização dos programas sociais, pela retomada de políticas industriais eficientes. O governo tem todas as armas à mão. Para os próximos anos temos que planejar muitas ações que visem o desenvolvimento municipal, as políticas sociais, os componentes de políticas industriais modernas, os modelos de parceria universidade-empresas, os próximos passos das políticas educacionais. É necessário manter a coesão social e dar condições minimamente para manter a qualidade de vida das pessoas.

FP: O prefeito Orlando Santiago fala em união de todos os políticos para que haja uma eleição mais honesta. O que o senhor pensa da hipótese?


RC: A eleição mais segura e honesta é aquela em que cada cidadão vota limpo! Independente de união ou blocos políticos que escolhe seu líder é o povo através do voto consciente. E o povo deve ter opções de escolha, precisa de parâmetros comparativos para justificar suas decisões. A única união que desejo e pretendo fazer é com os princípios de liberdade e prosperidade que sonho pra minha terra. É chegada a hora de enfrentar sem temores ou hesitações os novos desafios.