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A
Igreja recomenda que, na Quarta-Feira de Cinzas e também
na Sexta-Feira Santa, os fiéis jejuem e se abstenham de carne.
O
sentido desta prescrição antiguíssima é levar os fiéis a se unir ao sacrifício
de Cristo. Fazemos um sacrifício para nos sentirmos mais unidos a Jesus, que na
cruz realizou o sacrifício de sua vida por amor à humanidade e solidariedade
aos pecadores.
Por
que a carne? Porque é um alimento do qual, normalmente, todos gostam. Não
seria sacrifício abster-se de uma coisa da qual não gosta.
O
jejum e a abstinência da carne, além de nos conduzir á união com Jesus em
sua experiência de sofrimento, tem ainda dois outros valores intrinsecamente
relacionados:
1º
Revelam a superioridade da pessoa humana sobre as coisas; só
podemos renunciar aos alimentos porque somos livres e senhores de nossos
impulsos; não somos escravos das coisas.
2º
Deixando de comer uma coisa de que gostamos, e ainda sentindo um pouco de fome,
lembramo-nos de quem fica sem comer por não ter o necessário para sua subsistência,
e nos sentimos impelidos a ajudá-los, repartindo com eles o que Deus nos deu.
A
Igreja recomenda, ainda, que em toda sexta-feira do ano o Católico praticante
faça uma penitência, que pode ser substituída por uma obra de caridade (por
exemplo, visitar um doente ou ajudar uma pessoa pobre) ou de piedade (por
exemplo, ir à Missa, rezar o terço em família, via-sacra, círculo bíblico
etc).
É
necessário que os cristãos se convertam, vivam intensamente a Quaresma a fim
de converter esta sociedade que a passos largos, foge do Ressuscitado e cada dia
mais se distancia do Reino de Deus.