sábado, 29 de novembro de 2014

Feira de Santana. Homem é acusado de fazer maus tratos praticar sexo com animais

 

 




Homem é acusado de praticar sexo e maus-tratos a animais em Feira de Santana
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Laiane Cruz
Após denúncias de maus-tratos a animais em uma residência da Rua Concórdia, bairro São João, a Comissão de Proteção dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), juntamente com vários órgãos, desencadeou uma ação, na manhã de ontem (28), de resgate e combate à prática no local.
De acordo com Carolina Busseni, advogada da Associação de Proteção e Apoio aos Animais (APA), diversas denúncias foram feitas por vizinhos contra um homem que aparenta ter 30 anos. Segundo os moradores, ele é suspeito de praticar maus-tratos contra cães e gatos dentro da sua residência. A suspeita é que também havia prática de zoofilia (sexo com animais), por parte do acusado.
“Inicialmente recebemos a denúncia de maus-tratos de animais e quando chegamos ao local percebemos que o problema era muito maior. Trata-se de um ambiente totalmente insalubre, muito lixo, entulho, muitas plantas, existe um animal preso com uma corrente de menos de um metro, dentro de um buraco em meio a fezes e urina, o local fede muito, é foco de dengue de mosquitos, tem muitos ratos”, contou a advogada.
Ainda segundo a denúncia, os animais são pegos no meio da rua e levados para dentro de casa, onde também são mortos e pendurados com cordas. A advogada informou que inicialmente os animais serão encaminhados para atendimento veterinário, em seguida ficarão à disposição de algum órgão que deverá disponibilizá-los para adoção.
O acusado de praticar o crime ambiental não foi encontrado na residência. Mas Carolina Busseni afirmou que investigações serão feitas e ele pode pegar de 1 ano a 3 meses de prisão, conforme a Lei 9.605. Além disso, se ficar constatado que houve mortes no local a pena pode aumentar de um terço a um sexto.
Participaram da ação, além da comissão da OAB, a ativista e ex-vereadora de Salvador Ana Rita Tavares e a Unimais (União de ONGs de Proteção de Animais da Bahia).
A integrante do conselho fiscal da APA, Cândida Almeida, informou que a entidade recebe muitos casos de denúncias, e normalmente procura conversas e chegar a um consenso com os proprietários, mas que em casos como esse, é necessário levar a situação à Justiça.
Ainda segundo ela, a APA não tem mais condições de abrigar animais novos, pois atualmente já abriga cerca de 200 cães e 150 gatos, e o local já não atende mais a demanda. “Recebemos no início desse ano verbas de subvenção e temos novamente agora. Graças a Deus o prefeito tem se sensibilizado com a nossa situação”, disse.
As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.