sábado, 6 de setembro de 2014

Sertão da Bahia: Jovem de Monte Santo é destaque na mídia internacional

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image Os médicos disseram que Claudio Vieira não sobreviveria
O brasileiro Claudio Vieira de Oliveira sabe, talvez mais do que muita gente, como é viver em uma situação adversa. Em 1976, quando sua mãe tinha 37 anos, médicos a aconselharam a deixar seu filho recém-nascido morrer, afirmando que ele não teria chances na vida.
Ele havia nascido com sérias deformações nas articulações e sua cabeça era totalmente virada para baixo, encostada nas costas. Felizmente, a história se desenrolou de outro modo. Nascido em Monte Santo, ele não só sobreviveu, mas aprender a se virar sozinho e tornou-se um palestrante motivacional. A sua história foi contada no Daily Mail e, nos últimos dias, foi destaque em diversos veículos internacionais – como ele mostra em seu Facebook.

“Desde que eu era criança tinha que manter minha mente ocupada e trabalhando. Eu não gostava de depender totalmente dos outros. Fazia pesquisas, consultoria para clientes. Com o tempo, aprendi a ligar sozinho a TV, a usar meu celular, a ligar o rádio, computador e navegar na internet”, afirmou. 

Grande parte dessas tarefas, ele faz com sua boca: de mexer no celular à movimentar o mouse do computador. Usa sapatos especiais para facilitar sua locomoção. Conseguiu graduar-se na Universidade Feira de Santana. “Há muita alegria hoje com o Claudio. Ele é como qualquer outra pessoa. Nós nunca tentamos ‘consertá-lo’ e sempre o incentivamos a buscar fazer as coisas por conta própria. Ele nunca teve vergonha de andar na rua”, afirma sua mãe, Maria José. 

Enquanto crescia, sua família adaptou a casa para que ele pudesse se movimentar melhor. O piso foi trocado e seu quarto ganhou interruptores e tomadas mais baixos, para que ele mesmo pudesse mexer. Ele não pode usar uma cadeira de rodas, porque sua condição não permitia, mas insistiu em frequentar escolas, para conviver com outras crianças. “Ao longo de minha vida, aprendi a adaptar meu corpo ao mundo. Agora, não vejo muita diferença em ter nascido diferente”, afirmou.

“Eu não vejo as coisas de cabeça para baixo. Isso é algo que falo sempre durante minhas palestras”.  Claudio afirma que recebe convites do mundo todo para contar sua história de vida. “No cotidiano, leio revistas, livros; assisto, na TV, telejornais, novelas, programas educativos. Sou uma pessoa que busca não depender totalmente de terceiros; ligo e desligo aparelhos domésticos; atendo celular; digito em teclado de computadores; escrevo; faço minhas refeições sozinho… Tudo isso com a boca. E danço… E namoro… Saio com amigos… Viajo… Faço tudo. Gosto de viver”, escreveu em seu site.