O democrata renovou a sua aliança com os peemedebistas
O ato era de filiação dos deputados estaduais Bruno Reis e Graça
Pimenta ao PMDB, partido presidido na Bahia por um dos pré-candidatos ao
governo, Geddel Vieira Lima, mas a oposição em peso voltou a dar o ar
da graça, sob a liderança do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM). No
evento ocorrido na sede do PMDB, no bairro do Costa Azul, o democrata
renovou a sua aliança com os peemedebistas ao exaltar a “gratidão” ao
partido pela união que o conduziu à vitória nas últimas eleições.
A declaração foi retribuída por Geddel, que ressaltou a “capacidade”
do aliado na administração de Salvador, mesmo sendo de uma sigla
descolada ao governo estadual e federal. Nos bastidores, a filiação de
Reis, amigo pessoal de Neto, teria indicado, além da busca de próprio
conforto para a corrida do ano que vem, a possibilidade de avanço na
articulação em favor de Geddel.
“No que depender deste cidadão, esta aliança será duradoura, por muitos e muitos anos”, frisou Neto, numa referência ao PMDB.
O prefeito lembrou da difícil decisão dos peemedebistas em 2012,
quando optaram por apoiar a sua candidatura no segundo turno da eleição
municipal. “Aquela decisão do PMDB não foi a mais fácil. Talvez fosse
mais fácil seguir a direção nacional. Você disse que a política é feita
de gestos, Geddel. A política é feita de gestos e de gratidão”, afirmou,
num aceno de que devem estar juntos em 2014.
Segundo o ex-ministro, o prefeito de Salvador tem demonstrado
que “é possível administrar com atitude, autoridade e competência,
enfrentando os problemas, independente de ser do partido da presidente
ou do governador”. “Esses últimos dois dias foram de muito simbolismo.
“Sinalizou que estamos cada vez mais unificados em torno de um projeto
que mostre que a saúde, a segurança e a educação não podem continuar do
jeito que estão, de que é preciso interiorizar o desenvolvimento e
gerenciar com rigor as finanças”, enfatizou.
Considerado o padrinho político do deputado Bruno Reis, o prefeito de
Salvador brincou se referindo à não escolha pelo DEM. “A sorte é que eu
não sou uma pessoa ciumenta”, disse, provocando risos. “Ele não viria
para o PMDB, com todo o talento que tem, se não tivesse o seu aval”,
respondeu Geddel em outro momento.