26/09/2013 17:07 |
Na manhã dessa quinta-feira (26), foi encontrado os restos mortais de
um corpo carbonizado foi encontrado num matagal por um carroceiro, que
jogava entulho nas proximidades do local do crime que ocorreu no bairro
Mochila II, no Vila Verde (extensão do conjunto Feira X) em Feira de
Santana.
Há indícios que a vítima teria sido amarrada e queimada ainda viva dentro de pneus o que caracteriza uma modalidade de homicídio, muito praticada por traficantes de drogas, principalmente no Rio de Janeiro, denominada de “micro-ondas”. A prática foi aplicada De acordo com o tenente Costa Neto da Polícia Militar afirma que Esse tipo de prática não é rotineira aqui. “Aparentemente foi algo para servir de exemplo na questão de dívida de droga.Tudo indica que realmente foi o micro-ondas se acreditamos que além de pneus utilizaram madeira no local para incendiar. O local é deserto, não tem residência próxima e isso dificulta a investigação ”, declara.
Para a Delegada Ana Cristina da Delegacia de Homicídio (DH) é prematuro
afirmar algo sobre o crime. “Primeiro iremos procurar identificar a
vítima para depois buscar possíveis testemunhas”, conta a delegada que
disse ainda que pela estrutura do crânio e relógio encontrado em um dos
pulsos a vítima era um homem.
A polícia encontrou também restos de vestimenta como camisa, calça e um balde de lata que pode ter sido usado para transportar líquido inflamável como combustível, incinerar o corpo da vitima.
Semelhança com caso Tim Lopes
De acordo com reportagens do portal Ultimo Segundo, o jornalista Tim
Lopes, de 51 anos, foi torturado e morto por traficantes na favela da
Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, em junho de 2002, quando fazia uma
reportagem investigativa sobre bailes funk financiados pelo
tráfico no Complexo do Alemão, subúrbio carioca. A morte do repórter da
TV Globo foi ordenada por um dos líderes da facção Comando Vermelho, o
traficante Elias Maluco. Ele e outros seis homens foram condenados por
envolvimento no crime.
Tim Lopes teve as mãos amarradas e foi levado de carro, para o topo da
favela, onde foi baleado no pé, foi torturado por um grupo de nove
homens e executado por Elias Maluco com um golpe de espada. Depois, o
corpo foi esquartejado e queimado em pneus em um local, conhecido como
“micro-ondas” - usado por traficantes para incendiar vítimas e, assim,
eliminar provas dos crimes.
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