Após a paralisação chamada para a última quinta-feira (11), que contou com baixa adesão dos grevistas, as centrais sindicais decidiram nesta sexta-feira (12) convocar uma nova paralisação geral, no dia 30 de agosto.
Segundo o deputado federal Paulinho da Força (PDT-SP), presidente da
Força Sindical, a data serve para "dar um prazo para o governo abrir
negociações sobre a pauta trabalhista".
— Vamos dar um prazo para o governo cumprir a pauta de reivindicações
ou abrir negociações efetivas. Com os atos de ontem, ganhamos mais
condições de negociar com o governo.
Veja fotos das paralisações pelo Brasil
Também ficou decidido que, em 6 de agosto, as centrais farão atos em frente as sedes de entidades empresariais em diversos Estados e em Brasília contra o PL (Projeto de Lei) 4330 que amplia a terceirização dos empregos. O projeto está em tramitação no Congresso Nacional.
Também ficou decidido que, em 6 de agosto, as centrais farão atos em frente as sedes de entidades empresariais em diversos Estados e em Brasília contra o PL (Projeto de Lei) 4330 que amplia a terceirização dos empregos. O projeto está em tramitação no Congresso Nacional.
Os sindicalistas avaliaram o Dia Nacional de Luta com greves e
mobilizações realizado ontem (dia 11) como um movimento histórico.
"Nossos atos foram um sucesso no Brasil inteiro. Mostramos para o
governo que o povo quer mudanças na política econômica", disse Paulinho.
Paralisação
A participação de grevistas que aderiram ao Dia Nacional de Luta,
promovido pelas centrais sindicais na última quinta-feira (11), ficou abaixo do esperado pela polícia e pelo povo nas principais capitais brasileiras. Em São Paulo,
o metrô circulou normalmente. No Rio de Janeiro, poucas escolas não
tiveram aulas. Em Brasília, apenas um quinto dos manifestantes esperados
foram às ruas.
Mesmo assim, os poucos protestos espalhados pelo País interditaram o tráfego de veículos em algumas rodovias,
impediram a circulação de ônibus em algumas capitais, provocaram o
fechamento do comércio e de bancos. As manifestações causaram
transtornos ao brasileiro, que encontrou dificuldades para chegar ao
trabalho ou em casa de transporte público.
Em Belo Horizonte, por exemplo, pelo menos 400 mil pessoas não
conseguiram usar o transporte público e foram prejudicadas pelo
protesto. Em Porto Alegre, os ônibus sequer saíram das garagens. Já em
Vitória, lojas e supermercados fecharam mais cedo com medo de vandalismo