quinta-feira, 25 de abril de 2013

Cigana é presa suspeita de vender a própria filha por R$ 5 mil


 

 


Cigana é presa suspeita de vendar a própria filha por R$ 5 mil, em Goiás (Foto: Ricardo Rafael/O Popular)
Encontrada pela polícia menina de 12 anos foi devolvia ao pai (Foto: Ricardo Rafael/O Popular)
Uma cigana de 42 anos está presa suspeita de vender a própria filha, em Cromínia, na região sul de Goiás. Segundo a polícia, a adolescente de 12 anos foi entregue a um homem de 28 anos, por R$ 5 mil.
Em entrevista ao G1, o delegado da cidade, Rilmo Braga, disse que a mãe, em seu depoimento à polícia, admitiu ter negociado a filha. "Ela alega que é um costume cigano, como se fosse um dote", relatou.
Segundo o delegado, a menina foi entregue pela mãe a um farmacêutico que mora emAparecida de Goiânia. Ele também é cigano e pode ser preso.A mulher teria dito ainda que pediu ao pretendente um dote de R$ 10 mil, mas  aceitou entregá-la por R$ 5 mil. A mãe não chegou a receber o dinheiro, que seria pago no fim desta semana.
Sem aceitar a situação, a adolescente fugiu dois dias após ser levada para a casa do homem. Ela se escondeu em uma casa no mesmo bairro onde o suspeito mora e acabou localizada pela polícia.

Exames
O delegado devolveu a menina ao pai, em Cromínia. Segundo Rilmo, ele é separado da mãe e não sabia da venda da filha. A adolescente passou por exames que não constataram nenhum tipo de abuso, sexual ou físico.
Rilmo Braga disse que a mãe chegou a ser alertada. "Assim que eu tomei ciência da negociação, pedi ao Conselho Tutelar que a procurasse e explicasse que isso não podia acontecer. Mesmo assim, ela insistiu", disse o delegado.
A mãe acabou presa em flagrante, na última quarta-feira (17), com base no artigo 238 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que diz ser crime: "prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante paga ou recompensa". O delegado também estipulou ainda uma fiança de 50 salários mínimos.
Ela está no destacamento da Polícia Militar de Mairipotaba, para onde são levadas as mulheres presas na região. Se condenada, pode pegar de um a quatro anos de reclusão. G1