segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Recursos naturais aliados à cultura e lazer

 

 

Basta levantar as velas em qualquer ponto da Baía de Todos os Santos para perceber que os velejadores que já visitaram dezenas de locais por todo o mundo estão cobertos de razão. Opções para passeios pela região é o que não faltam. Com o auxílio de Cartas Náuticas, GPS e tempo de sobra, o turista náutico poderá se aventurar pelas águas da Baía de Todos os Santos por seis a sete meses, sem pressa, mas também sem a necessidade de repetir programações.
Na baía, que é apontada como o "Berço do Brasil" e irmã mais velha da globalização, mais do que natureza preservada, o turista tem ao seu dispor opções de programas e passeios que vão desde almoços e jantares regados a molhos maravilhosos da rica culinária baiana, até a música que embala o maior Carnaval de rua do mundo, e as crenças ligadas à cultura afro e permeadas pelo sincretismo religioso que se destaca como uma das marcas características do misticismo baiano.
Para os visitantes que ainda não conhecem bem a região, talvez a melhor opção seja, em uma primeira investida, fundear o barco próximo ao Forte de São Marcelo. Como opções de vagas, há a Baía Marina e o Cais da Bahiana - local responsável pela recepção das regatas internacionais que chegam à cidade a cada dois anos, como a Jacques Vabre e a Transat 6.50.
A proximidade desses pontos com o Elevador Lacerda facilita em muito a vida de quem busca um pequeno banho de cultura baiana. Se a opção de parada for o Cais da Bahiana, localizado em frente ao Elevador, os passeios ao Pelourinho/Centro Histórico poderão ser feitos a pé, sem a necessidade de ônibus ou taxi. Conhecer um pouco do artesanato local no Mercado Modelo e apreciar a roda de capoeira sob a marquise do mercado é outro programa obrigatório para o viajante, assim como é aconselhável um rápido passeio pelas lojas náuticas da região, para o caso de precisar repor algum equipamento. O Cais da Bahiana destaca-se por ser um dos pontos de melhor localização na BTS para quem deseja reabastecer o barco.
Vencida a primeira etapa da viagem, vale uma velejada até a Baía de Itapagipe/Ribeira, onde o bairro mantém ainda marcas e ritmo do cotidiano de uma cidade do interior, com direito a saborear um dos melhores sorvetes da cidade e, quem sabe, até um dos melhores do planeta. Pelo menos é o que atesta a reportagem da revista Gula, fixada em um mural da sorveteria, que coloca em pé de igualdade o sorvete de coco queimado da Ribeira com sorvetes vendidos no Bair Travere, em Roma, e sabores da Baskin Robbin, de Nova York. Essa travessia, para os donos de veleiros, pede um pouco de planejamento. Devido ao banco de areia à entrada da baía, a profundidade é de apenas 1,5m na maré baixa. Por isso, é aconselhável que o barco, dependendo do calado, chegue ao ponto quando a maré ainda estiver enchendo ou no 'estofo da maré'. Entre clubes e marinas existentes no local, o velejador tem opções para ficar com o barco durante os dias que puder ou quiser desfrutar do melhor da hospitalidade baiana.