sábado, 15 de dezembro de 2012

Até Quando.: Operação prende seis pessoas e apreende carne clandestina



 

 



Seis pessoas foram presas e 1,5 tonelada de carne apreendida durante uma operação conjunta do Ministério Público Estadual (MP), da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) e da Polícia Civil nas cidades de Feira de Santana, Santos Estevão e Ipecaetá. A ação aconteceu na madrugada desta sexta-feira, 14, e tinha como objetivo evitar o abate e venda irregular de carne.
"Fizemos um levantamento intenso durante meses sobre os locais de abate e venda desta carne clandestina, que abastecia principalmente o mercado de Feira de Santana e Salvador e hoje (sexta) tivemos a sorte de flagrar o crime", informou o fiscal agropecuário da Adab, Paulo Falcão.
A carne foi apreendida em pontos de abate em Ipecaetá e na feira livre de Santo Estevão. Foram presos Carlito Pereira Barbosa, Cláudio Gomes, Edvaldo da Silva, Jorge de Jesus Santos, Norberto da Silva e José Fernando Alves Passos. Todos autuados em flagrante por venda e armazenamento de carne clandestina.
De acordo com o delegado Gustavo Ameno, que comandou a equipe de policiais, vários pontos de abate clandestino que funcionavam em fazendas foram visitados. Alguns estavam fechados, mas outros em pleno funcionamento. "Ao chegarmos no mercado de Santo Estevão flagramos a carne chegando para entrega sem o mínimo de cuido exigido pela lei. Então, apreendemos tudo", afirmou.
Os acusados, que não quiseram falar com a reportagem, foram encaminhados para o Complexo Policial Investigador Bandeira, em Feira de Santana, onde foram autuados e logo depois encaminhados para o Conjunto Penal de Feira. A carne apreendida foi encaminhada para o depósito da ADAB para ser incinerada.
Os comerciantes em Santo Estevão lamentaram as apreensões que resultou em prejuízos em outros segmentos da feira-live. O movimento caiu assim que as apreensões foram efetuadas. "Como podemos trabalhar em condições de higiene, se a prefeitura começou uma reforma no galpão de carnes e até hoje não entregou?", questiona um açogueiro. Desde que começou a reforma, os magarefes foram colocados em toldos com balcões de madeira no meio da rua do Centro de Abastecimento, sem as mínimas condições de higiene, que aliado ao abate clandestino, piora ainda mais a situação da comercialização de carnes em uma das maiores feiras-livres do estado da Bahia.
Favela Comercial - Sem o compromisso de autoridades municipais que prometeram fazer a adequação do abate com a implantação de câmeras frigoríficas e com o comércio hoje à céu aberto, o local se transformou em uma verdadeira favela comercial, com constantes apreensões de carnes dado ao descaso. O município voltou no tempo. A carne comercializada no meio da rua como ocorria há 19 anos atrás.