sábado, 10 de novembro de 2012

DESCREVENDO A TEMPESTADE QUE ATINGIU ITAPICURU E OLINDINA

Olá amigos, por conta da ausência de eletricicidade em nosso município não tinha tido a oportunidade ainda de comentar o fato ocorrido no último dia 04/11/2012, mas agora eis que descreverei e opinarei com maior propriedade o que ocorreu neste dia que sem dúvidas entra para a história de Itapicuru, e olha que Itapicuru tem história!.


Cena de filme de ficção científica, sim, foi o que pareceu quando abri a porta de minha humilde residência no último domindo 04 de novembro de 2012 pouco antes da tempestade se iniciar, o que vi me lembrou o filme "Twister", sem exageros: abri a porta e deparei-me com um turbilhão de nuvens aglomerando-se umas sobre as outras e vindo em direção a Itapicuru acompanhadas de raios potentes, belos em intervalos de segundos; imediatamente tive a certeza de que algo muito forte iria acontecer aquele dia. Aproximadamente às 17:35 foi que a tormenta se iniciou, veio com tudo que tinha direito, muita chuva, muitos raios e trovões e o que ninguém em seus piores pensamentos imaginariam: ventos de mais de 85km por hora. Alie tudo isso a ausência de energia elétrica e pronto, temos o cenário perfeito para um filme estilo "O último dia depois de amanhã" (guardadas as devidas proporções obviamente). Confira a foto:


Provavelmente se o mês do acontecido fosse dezembro, os supersticiosos se ajoelhariam e clamariam salvação perante Deus, acreditando que os Maias acertara a previsão do fim do mundo para 2012, no entanto o mundo não acabou e pudemos testemunhar uma demonstração de força da mãe natureza. Durante a tempestade enquanto Geógrafo, procurei abrir a porta várias vezes, lançava a luz de uma lanterna no vácuo e tentava vizualizar, observar a proporção das coisas, a chuva era intensa e a escuridão total; a luz da lanterna não tinha força para adentrar a tempestade, porém os raios que rasgavam o céu a todo instante clareavam toda extensão que os olhos podiam alcançar, é simplesmente fascinante! Uma pausa apenas pra mencionar: se há um fenômeno da natureza o qual sou profundamente fissurado, são os raios. Bom, prosseguindo, após aproximadamente 1h de chuva e vento as coisas começaram a se acalmar, estávamos todos vivos (graças a Deus) e de volta a "idade da pedra", sem luz e sem comunicação, então só restava esperar amanhecer para vizualizar e (para outros) contabilizar os estragos.
Quando o dia amanheceu as pessoas puderam contabilizar os estragos. Vejam as fotos:






Pela manhã a visão que se tinha era essa: muros derrubados, casas destelhadas, casas no chão, antenas arrancadas, árvores arrancadas pela raíz, água invadindo as casas, lama, postes derrubados e um total de mais de 30h sem eletricidade. Quando vimos um cenário deste em Itapicuru e Olindina? Ainda bem que não tivemos vítimas fatais, algo que deve ser muito comemorado haja visto a dimensão do fenômeno, contudo, há de se mencionar o seguinte, o ocorrido (apesar da força incomum) é algo próprio da estação: as trovoadas são o que proporcionam que os rios e reservatórios se encham de água no nordeste. Sabemos que atualmente estamos passando por uma das piores secas das últimas décadas, portanto, acreditem, apesar dos estragos que foram causados a chuva sem dúvidas vai trazer mais benefícios que malefícios a população, principalmente na zona rural.

Nós devemos entender o tempo, respeitar e acima de tudo não querer competir com ele, nós somos pequenos perante a força da natureza, devemos olhar e aprender, fenômenos naturais existem desde que o planeta foi criado, cabe a nós estarmos cientes e fazer o possível para minimizar os efeitos que ele pode causar.

Postado por: Ronivaldo S. de Jesus