Olá amigos, por conta da ausência de eletricicidade em nosso município
não tinha tido a oportunidade ainda de comentar o fato ocorrido no
último dia 04/11/2012, mas agora eis que descreverei e opinarei com
maior propriedade o que ocorreu neste dia que sem dúvidas entra para a
história de Itapicuru, e olha que Itapicuru tem história!.
Cena de filme de ficção científica, sim, foi o que pareceu quando abri a
porta de minha humilde residência no último domindo 04 de novembro de
2012 pouco antes da tempestade se iniciar, o que vi me lembrou o filme
"Twister", sem exageros: abri a porta e deparei-me com um turbilhão de
nuvens aglomerando-se umas sobre as outras e vindo em direção a
Itapicuru acompanhadas de raios potentes, belos em intervalos de
segundos; imediatamente tive a certeza de que algo muito forte iria
acontecer aquele dia. Aproximadamente às 17:35 foi que a tormenta se
iniciou, veio com tudo que tinha direito, muita chuva, muitos raios e
trovões e o que ninguém em seus piores pensamentos imaginariam: ventos
de mais de 85km por hora. Alie tudo isso a ausência de energia elétrica e
pronto, temos o cenário perfeito para um filme estilo "O último dia
depois de amanhã" (guardadas as devidas proporções obviamente). Confira a
foto:
Provavelmente se o mês do acontecido fosse dezembro, os supersticiosos
se ajoelhariam e clamariam salvação perante Deus, acreditando que os
Maias acertara a previsão do fim do mundo para 2012, no entanto o mundo
não acabou e pudemos testemunhar uma demonstração de força da mãe
natureza. Durante a tempestade enquanto Geógrafo, procurei abrir a porta
várias vezes, lançava a luz de uma lanterna no vácuo e tentava
vizualizar, observar a proporção das coisas, a chuva era intensa e a
escuridão total; a luz da lanterna não tinha força para adentrar a
tempestade, porém os raios que rasgavam o céu a todo instante clareavam
toda extensão que os olhos podiam alcançar, é simplesmente fascinante!
Uma pausa apenas pra mencionar: se há um fenômeno da natureza o qual sou
profundamente fissurado, são os raios. Bom, prosseguindo, após
aproximadamente 1h de chuva e vento as coisas começaram a se acalmar,
estávamos todos vivos (graças a Deus) e de volta a "idade da pedra", sem
luz e sem comunicação, então só restava esperar amanhecer para
vizualizar e (para outros) contabilizar os estragos.
Pela manhã a visão que se tinha era essa: muros derrubados, casas
destelhadas, casas no chão, antenas arrancadas, árvores arrancadas pela
raíz, água invadindo as casas, lama, postes derrubados e um total de
mais de 30h sem eletricidade. Quando vimos um cenário deste em Itapicuru
e Olindina? Ainda bem que não tivemos vítimas fatais, algo que deve ser
muito comemorado haja visto a dimensão do fenômeno, contudo, há de se
mencionar o seguinte, o ocorrido (apesar da força incomum) é algo
próprio da estação: as trovoadas são o que proporcionam que os rios e
reservatórios se encham de água no nordeste. Sabemos que atualmente
estamos passando por uma das piores secas das últimas décadas, portanto,
acreditem, apesar dos estragos que foram causados a chuva sem dúvidas
vai trazer mais benefícios que malefícios a população, principalmente na
zona rural.
Nós devemos entender o tempo, respeitar e acima de tudo não querer competir com ele, nós somos pequenos perante a força da natureza, devemos olhar e aprender, fenômenos naturais existem desde que o planeta foi criado, cabe a nós estarmos cientes e fazer o possível para minimizar os efeitos que ele pode causar.
Postado por: Ronivaldo S. de Jesus
Nós devemos entender o tempo, respeitar e acima de tudo não querer competir com ele, nós somos pequenos perante a força da natureza, devemos olhar e aprender, fenômenos naturais existem desde que o planeta foi criado, cabe a nós estarmos cientes e fazer o possível para minimizar os efeitos que ele pode causar.
Postado por: Ronivaldo S. de Jesus