sexta-feira, 13 de abril de 2012

Pais descobrem que bebê 'morto' estava vivo após ouvir choro no caixão


  • AP
    Fabián e Analía descobriram a filha viva quando pretendiam se despedir da menina
    Fabián e Analía descobriram a filha viva quando pretendiam se despedir da menina
Ela foi dada como morta e, 12 horas depois, seus pais a encontraram movendo-se no caixão do necrotério onde haviam ido para dar o último adeus à criança.

Este é o incrível caso da pequena Luz Milagros, bebê prematuro que foi dado como morto em um hospital na província do Chaco, no norte da Argentina, após médicos não verificarem sinais vitais na menina.

Mas agora o bebê, nascido após seis meses de gestação, está em terapia intensiva, ainda sem previsão de alta.

A representação do Ministério da Saúde do Chaco suspendeu cinco médicos da unidade hospitalar enquanto investiga o caso.

Os pais da menina receberam uma certidão de óbito uma hora antes de irem se despedir da menina no necrotério.

"Obviamente houve um erro médico protocolar (...) foi um fato lamentável, que por sorte está sendo controlado, e toda a assistência médica está sendo dada à pequena Luz Milagros", disse à imprensa local o ministro da Saúde Pública do Chaco, Francisco Baquero.

Especialistas que examinaram o caso afirmaram que é muito provável que, por ter permanecido em baixas temperaturas no caixão, o bebê (de apenas 28 semanas) pode ter conseguido manter seus órgãos vitais em funcionamento.

'Não insólito'

"É uma situação lamentável, mas não insólita", sublinhou ao jornal Clarín o neurologista Claudio Solana. "Os bebês prematuros às vezes nascem sem frequência cardíaca nem respiratória. Sem sinais de vida. O comum é deixá-los em observação por pelo menos duas horas. Às vezes eles se reanimam e recuperam os sinais vitais", explicou Solana.

O bebê, que nasceu no Hospital Perrando, em Resistência, se chamaria Luciana Abigail, mas seus pais mudaram o nome para Luz Milagros, por acreditarem que foi um milagre a volta da menina à vida.