terça-feira, 3 de abril de 2012

03/04/201209h24 Justiça sentencia três menores que participaram de estupro coletivo seguido de mortes na Paraíba



  • Arte UOL
    Mapa mostra localização de Queimadas (PB)
A Justiça sentenciou três adolescentes envolvidos no episódio conhecido como a “Barbárie de Queimadas”, ocorrido no município de Queimadas (140 km de João Pessoa), no qual cinco mulheres foram estupradas, e duas delas, mortas por convidados de uma festa de que participavam.
A juíza Andréa Dantas Ximenes sentenciou os menores pelos crimes de estupro, homicídio, cárcere privado, formação de quadrilha e, um deles, por porte ilegal de armas. Eles ficarão internados no Lar do Garoto, no município de Lagoa Seca, interior da Paraíba.
A cada seis meses, os adolescentes serão avaliados e, com base no resultado da avaliação, a Justiça decidirá se eles devem ou não continuar na unidade. Da decisão ainda cabe recurso.
O prazo é de cinco dias contando do momento que a defesa receber a sentença formalmente. De acordo com o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), o tempo de internação não pode exceder o período de três anos.
Além dos adolescentes, outros sete adultos continuam presos no Presídio de Segurança Máxima de João Pessoa PB-1 e aguardam decisão judicial. Ainda não há previsão para audiências sobre o caso.

O caso

O crime ocorreu no início de fevereiro deste ano, no município de Queimadas. As mulheres foram convidadas para uma festa de aniversário, que na realidade foi armada para atrair as vítimas.
Em determinado momento, um grupo de homens com armas e máscaras, invadiu a casa e estuprou cinco mulheres que estavam no local. Duas delas, a professora Isabela Frazão, 27, e a recepcionista Michele Domingos, 29, foram assassinadas porque reconheceram os criminosos no momento do estupro.
Minutos após o crime, os acusados foram à delegacia e prestaram queixa alegando que a casa tinha sido invadida. Eles tentaram se passar por vítimas. Horas depois, a polícia descobriu a verdadeira história e prendeu os envolvidos. A cidade ainda vive clima de consternação.