sábado, 17 de março de 2012

Empreendedorismo sexual


Prostituição existe desde sempre. Dizem que é a profissão mais antiga do mundo, já que sempre teve alguém querendo e alguém oferecendo o serviço. Isso todo mundo sabe.
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Mas e que na Grécia antiga as prostitutas tinham acesso a educação e artes, diferentemente das outras mulheres, para que pudessem conversar com os homens de igual para igual? Por lá a prostituta, muito além do sexo, era conselheira.
Chegando nos dias de hoje, a prostituição é vista como uma saída para quem não tem mais nenhuma opção. Opa! Será que é isso mesmo? Não, não é.
A prova de que a troca de um serviço por dinheiro, mesmo quando o serviço é sexo, pode ser feita por quem poderia arrumar uma outra saída, são sites como os americanos SugarDaddies e SugarBabies. Por lá as pessoas anunciam o que precisam e como podem pagar — se você precisa pagar a mensalidade da faculdade por exemplo, pode pagar com sexo três vezes por semana.
O criador do site diz que não tem nada demais, é só uma maneira adulta de escambo. Cada um coloca em jogo o que quer e o que tem.
Nos Estados Unidos isso vem se tornando mais e mais utilizado por estudantes universitários que bem poderiam arrumar um emprego de garçom, mas preferem se divertir enquanto trabalham. E usam o site para encontrar investidores.
No Brasil isso também existe. São diversas garotas lindas, bem educadas, de famílias que nunca passaram por muitas dificuldades, e que escolheram essa vida por gostar muito de sexo ou dinheiro. Ou dos dois. Na sua classe da faculdade pode ter uma e você nem imagina.
Outra coisa que vemos muito por aí é gente interesseira. Gente. Não é só mulher, como muitos dos comentaristas daqui insistem em dizer. Existem tanto homens quanto mulheres que só se relacionam com pessoas que podem oferecer alguma vantagem na sua vida. Seja grana, sejam contatos, seja um emprego...
E aí as pessoas costumam apontar quem se prostitui, quem deixa claro que essa é sua profissão, como errado, sujo, inferior... Mas isso é algo que se faz muito, não olhar para sua própria vida e a maneira de escolher com quem convive.
Outro problema muito grande em relação a prostituição é que se um homem o faz, é esperto. Ele vai poder transar com todas as mulheres que quiser e ainda receber por isso. Se uma mulher o faz, é uma sem vergonha que não se dá valor e não se respeita, afinal, mulher "pra casar" não faz sexo assim.
Não tem algo errado aí? A mulher, assim como o homem, é dona de seu corpo e faz dele o que bem entender. Em algum momento da história alguém disse que era errado trocar sexo por dinheiro, que mulheres não deveriam ter interesse pelo assunto e todo mundo levou isso pra vida como uma verdade incontestável.
Se sou a favor da troca? Nem a favor, nem contra. Não interfere em nada na minha vida, é uma profissão como qualquer outra. Assim como não sou contra ou a favor de trabalhar num banco, caixa de mercado, oficina mecânica ou ser advogado. Nada disso muda minha maneira de olhar para as pessoas.
Talvez pagar a universidade seja a coisa mais importante da vida da pessoa e que depois daquilo ela seja responsável por mudanças incríveis na área da ciência, encontre a cura de uma doença ou mude a forma de ver a história da humanidade. Pode ser que ela se torne um grande nome nas artes, na comunicação ou mude a política mundial, acabe com guerras e com a fome.
E aí, ela vai ser menos importante porque pagou os estudos de uma forma ou de outra?
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