Deputados faltaram, em média, a 16% das sessões

 

15/02/2012 às 00:10

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João Pedro Pitombo

Raul Spinassé / Ag. A TARDE

Marcelo Nilo promete cortar ponto dos deputados que faltarem sessões para fazer campanha eleitoral

Depois de 55 dias de recesso, os deputados estaduais baianos voltam nesta quarta, 15, à  Assembleia Legislativa com o desafio de discutir e votar projetos de interesse da sociedade, sem ter o andamento dos trabalhos atropelado pelo calendário eleitoral. O presidente da Casa, deputado Marcelo Nilo (PDT), além de líderes do governo e da oposição, esperam um desempenho superior ao ano passado, quando os deputados faltaram, em média, 16% das sessões plenárias e apresentaram 492 projetos relevantes.
A expectativa é que as votações mais importantes se concentrem no primeiro semestre, período em que  a presença dos deputados em plenário costuma ser maior.  Os parlamentares terão pelo menos três projetos para votar já nos primeiros meses: o reajuste dos servidores públicos e gratificações dos policiais militares, a proposta de passe livre para deficientes em ônibus interestaduais – ambos do Executivo –, além do projeto da deputada Luiza Maia (PT) que proíbe o uso de recursos públicos para patrocínios de bandas cujas letras de música ofendam o gênero feminino.
A despeito de pelo menos dezesseis deputados serem pré-candidatos, Marcelo Nilo garante que a Casa funcionará dentro da normalidade este ano. “Quem for candidato, que faça sua campanha no final de semana. O deputado que não comparecer em dia de votação, eu vou cortar o ponto”, promete Nilo.
Líder da maioria na Assembleia, Zé Neto (PT) antevê um ano tranquilo na Assembleia, ao contrário do ano passado em que foram votados projetos polêmicos como reforma administrativa,  Planserv e lei ambiental. “Vai ser um ano sem muitas tensões”, destaca Neto, que deve deixar a liderança  no primeiro semestre para disputar a prefeitura de Feira de Santana.
O deputado Reinaldo Braga (PR), líder da oposição da Assembleia, quer mais debate antes da votação dos projetos. O deputado Paulo Azi (DEM), por sua vez, diz que a oposição ao governo deve se acirrar: “No primeiro ano a oposição deixou o governo mostrar a que veio, mas ele não mostrou nada. Então, vamos intensificar  nosso trabalho de criticar e fiscalizar”, diz.