quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Falta de estrutura e equipamentos reduz a pesca no Rio Paraguassu

Além da agricultura, o homem do campo que vive nas cidades banhadas pelo Rio Paraguassu, também aproveita para completar a alimentação familiar com a pesca. Esta é uma realidade que para alguns aposentados do município de Santo Estevão já se apresenta de maneira diferente, uma vez que a prática da pesca foi reduzindo ao passo que o nível de água do Paraguassu foi aumentando.
Para o pescador Antônio Medeiros, após as épocas de enchentes vividas na região, as pessoas que dependem dos peixes do rio para se alimentarem estão em dificuldades. “Com as enchentes, a água subiu e nós que morávamos no berço do rio tivemos que sair e deixar a prática de lado. Essa foi uma situação que nos prejudicou muito, pois o peixinho que complementava a feira não tem mais, até porque a distância da minha casa para o rio é de 18 km”, disse o pescador.
Ainda de acordo com o pescador, outro fator que também dificultou a vida de quem dependia do rio para se sustentar foi à falta de estrutura para praticar a pesca. “Hoje estamos distantes do rio, mas quando a água subiu e nos tiraram de lá, a Bahia Pesca garantiu armadilha e barco para nós termos condições de pescar, mas isso não aconteceu até hoje”, comentou.
Segundo o pescador Medeiros, um dos pontos do Rio Paraguassu que ainda existe a possibilidade de pesca sem exigir muita armadilha é na localidade de mamona e outra no município de Antônio Cardoso.
Concordando com o pescador, o lavrador Manuel Oliveira salientou para nossa reportagem que pegar camarão é a única prática que não exige muito de quem vive constantemente no rio. “Camarão é bem fácil de pegar, não exige muito gasto nem envolvimento, as a pessoa têm que conhecer o ponto que mais possui para não passar batido”, contou o lavrador.