segunda-feira, 18 de julho de 2011

Sem delegado santo-estevenses se preocupam com a segurança

Com mais de dois meses sem delegado, a Polícia Civil de Santo Estevão vive momentos difíceis, onde para suprir a ausência de uma autoridade policial na cidade, o delegado Marcelo das Neves, titular do município de Antonio Cardoso tem prestado serviços esporádicos de uma vez por semana.
A situação tem causado preocupação em toda população, uma vez que várias ocorrências não estão sendo concretizadas pelo fato de não ter delegado para lavrar flagrante. “Acontece um fato e os elementos ficam impunes porque não tem delegado para realizar o flagrante e esses dias soube que até o escrivão está de férias, com isso nós percebemos que a cidade está entregue, sem representação política, isso porque já tem mais de dois meses que estamos sem delegado, apenas com uma juíza e os políticos não fazem nada”, indagou Alex Souza, educador, acrescentando que, “Santo Estevão está esquecido pelos políticos  e entregue a violência e criminalidade, isso porque sem delegado, malandro faz o que quer porque sabe que não será punido”, completou.
Até a data de hoje (18), que está à frente da Delegacia é o chefe de investigação, que continua exercendo suas atividades, mas sem muitos resultados devido à falta de um delegado na cidade.
De acordo com um policial que preferiu não revelar identidade temendo represálias, existem delegados que não querem ir para Santo Estevão pela falta de estrutura e apoio para trabalhar. “Selas com problemas nas instalações, atraso no salário de uma servidora que trabalha na limpeza, para conseguir um recurso da prefeitura é a maior dificuldade, tem que dar dez viagens por lá, se bem que é mais dever do estado e não do município, mas pela segurança creio que o Poder Executivo também deveria se empenhar”, confidenciou.
Indagando a atuação dos políticos da cidade e as representações junto ao Governo do Estado, um programa jornalístico da emissora local noticia diariamente fatos não resolvidos devido à falta de delegado. “Já virou rotina, todos os dias quando noticiamos as ocorrências da delegacia, percebemos que o caso não foi concretizado porque não tem delegado para concretizar ou conforme o caso, elucidar a situação”, comentou Ivanildo Conceição, repórter policial.


Clécia Rocha
Jornalista emformação