sexta-feira, 22 de julho de 2011

Juiz do Toque de Acolher é transferido para Itapicuru


Antes de completar cinco meses de atuação, foi transferido para Comarca de Itapicuru-Ba, o juiz José de Souza Brandão Neto que antes assumia a jurisdição em Maracás como substituto. Além do magistrado, o Tribunal de Justiça da Bahia, transferiu mais sessenta e três juízes substitutos  para serem titularizados nas Comarcas de destino.
 Responsável em implantar o Toque de Acolher nas Comarcas de Santo Estevão, Maracás, Brandão afirmou que a sua próxima atuação com a portaria de proteção ao menor será em 2012. “Inicialmente vou primeiro conhecer a Comarca e ver quais as suas necessidades, mas antes disso, eu também preciso deixar um período para cuidar em outros assuntos que também dizem respeito aminha carreira como juiz”, disse.
Questionado sobre a continuidade das ações que implantou por onde já atuou como juiz, José Brandão espera contar como apoio das autoridades locais para que a medida não se acabe. “Nós já conseguimos provar que adotamos uma medida nobre e que traz resultado positivo para a sociedade, com a minha saída de Maracás, eu só espero que todos colaborem para o trabalho continuar”, comenta, acrescentando, “se os Poderes se unirem, cada um fazer sua parte, Câmara, Prefeitura e Judiciário, a medida continua sem problema”, completou.

População rejeita
Contrários a decisão do TJ-BA, a população das cidades de Santo Estevão, Ipecaetá, Planaltino, Maracás, Itiruçú, estão distribuindo listas de abaixo assinado em favor da permanência do juiz, no total de assinaturas entre as cidades, mais de sete mil pessoas são favoráveis ao retorno do magistrado e esperam contar com a compreensão do Tribunal.
Como vai ficar o Toque de Acolher? O próximo juiz tem que continuar, pois foi um trabalho que trouxe resultados para a região. Esses são alguns dos questionamentos da população de Santo Estevão, a qual durante o período de jurisdição do magistrado na Comarca sempre se mostrou parceira das medidas adotadas pelo Judiciário.
Lamentando e também se posicionando contrário a saída do juiz Brandão de Maracás, o coordenador do Juizado da Infância Edson Ney afirma que o trabalho desenvolvido terá continuidade. “Já conversei com todos os comissários e disse que conto com todos para continuar tocando as ações, pois foi uma coisa que deu certo aqui”, disse.
Além do coordenador do juizado, a dona de casa Elaine Oliveira afirma não está satisfeita com a saída do juiz. “Tudo que é bom demora pouco em Maracás, a nossa vontade era que ele ficasse aqui para sempre, ao menos, a nossa cidade iria ser mais tranqüila, as famílias viveriam mais em paz, pois nós não podemos jogar nossos filhos no lixo e hoje, com o que a sociedade está oferecendo só um juiz como o doutor Brandão para nos ajudar”, espera.


Clécia Rocha
Jornalista em Formação