segunda-feira, 9 de maio de 2011

caso de corrupção em Santa Terezinha

Este ano, o Ministério da Educação vai repassar mais de R$ 3 bilhões a governos estaduais e prefeituras para a compra de merenda, com a intenção de beneficiar 45 milhões de estudantes. “Nós temos visto problemas nas áreas de licitação e também no recebimento, na armazenagem e no preparo da merenda”, diz Valdir Agapito Teixeira, secretário de Controle Interno da Controladoria-Geral da União. Em novembro de 2010, na Bahia, a Polícia Federal prendeu sete prefeitos. Entres a acusações, desviar verbas federais e favorecer uma empresa distribuidora de merenda, que superfaturava preços e não entregava comida. Entre os políticos presos, o prefeito de Santa Teresinha, Agnaldo Andrade, que ficou dois dias na cadeia e continua no cargo. “Mais de 50 prefeituras estão sendo investigadas neste momento em todo o país. O Ministério Público tem prova documental e prova testemunhal do pagamento de propina”, diz o promotor de Justiça Sílvio Marques. Depois de três anos de investigações e mais de 40 pessoas ouvidas, o Ministério Público de São Paulo acusa seis empresas de participar da máfia da merenda. “Eles se reuniam frequentemente na capital de São Paulo e dividiam o mercado de licitações no Brasil todo”, conta o promotor de Justiça paulista Arthur Pinto de Lemos Junior. A equipe de reportagem do Fantástico procurou o Ministério da Educação. "Aqueles maus gestores são processados administrativamente, e, se for o caso, criminalmente”, diz o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, Daniel Silva Balaban. Sobre a merenda terceirizada, ele afirma: “Recurso do governo federal não pode ser utilizado para pagamento de terceirização”.